Élcio Rodrigues da Silva estava pronto para ser operado quando faleceu
Élcio Gonçalves foi condenado a 12 anos de prisão nesta terça-feira, 10, durante júri popular no Fórum da comarca de Canoinhas. Ele é acusado de ter assassinado um homônimo, Élcio Rodrigues da Silva, de 45 anos, atingindo-o com golpes de faca. Rodrigues acabou falecendo poucas horas depois da agressão. O crime foi registrado em um bar no Campo d’Água Verde, em Canoinhas, e não no São Cristóvão, em Três Barras, como anteriormente noticiado.
De acordo com a Polícia Civil, Gonçalves e a vítima estavam no Bar do Paulo, onde, por volta das 20 horas, ocorreu uma discussão entre eles, vindo a vítima Elcio Rodrigues da Silva a desferir um tapa no denunciado, momento em este afirmou que “não ficaria assim”. Na sequência, o denunciado foi até sua casa, armou-se com uma faca, e retornou estabelecimento, vindo a desferir os golpes na vítima.
RELEMBRE O CASO
Na noite de 11 de outubro do ano passado, por volta das 23 horas, policiais militares foram chamados na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Canoinhas, para prestar apoio ao Serviço Móvel de Urgência (Samu) que conduziu Élcio Rodrigues da Silva com ferimentos no tórax e pescoço desferidos com uma faca ou facão, o que no linguajar policial caracteriza “arma branca”.
A vítima estava inconsciente e logo em seguida foi entubada. Diante dos fatos, foi lavrado o boletim de ocorrência.
Élcio estava sendo preparado para uma cirurgia já no Hospital Santa Cruz quando por volta das 2h30 de 12 de outubro acabou falecendo.
Em depoimento, o réu disse que o crime teria ocorrido em outro bar e que apenas revidou várias agressões cometidas por parte da vítima. A tese de seu advogado foi, portanto, de legítima defesa. Ele estava solto desde março deste ano, quando a Justiça concedeu a ele o direito de responder ao processo em liberdade sob algumas condições. Contudo, conforme lei recente, condenados em júri popular devem iniciar o cumprimento da pena imediatamente após a leitura da sentença.