Mulher acha que não foi assassinada porque se fingiu de morta
O Tribunal do Júri da comarca de Canoinhas condenou a 14 anos e 5 meses de prisão nesta sexta-feira, 23, Clóvis Aniceto. Ele é acusado de matar Paulo Sérgio Ignaszevski e tentar matar Marilei Hendler Rafalski Pereira em abril de 2020 em Três Barras.
Clóvis tinha um relacionamento amoroso com Marilei com quem brigou por ciúmes de Paulo Sérgio. Depois de matar Paulo, ele bateu em Marilei, que acredita que não foi assassinada porque fingiu estar morta.
Aniceto foi preso em uma chácara da qual ele cuidava no KM 6, também em Três Barras. Ele ofereceu resistência e os policiais tiveram de usar de técnicas de uso progressivo da força para prendê-lo.
Aniceto foi delatado pelo irmão de Marilei. O irmão da vítima relatou que o homem chegou na casa onde eles moram e tentou esfaquear sua irmã, que ela segurou a faca e Aniceto a agrediu com um chutes na cabeça e fugiu em uma moto vermelha, que estava de jaqueta preta e capacete vermelho, batendo com as características do autor do homicídio ocorrido pouco antes na rua Roberto Olsen.
Com as informações colhidas e o conhecimento da PM quanto ao suspeito, os policiais deslocaram até a Rodovia BR 280 na propriedade onde Aniceto trabalhava como chacreiro.
O filho da vítima do homicídio reconheceu o homem como sendo o autor das facadas e a vítima do feminicídio também confirmou que Aniceto tentou esfaqueá-la, lhe desferiu chutes na cabeça e só parou de chutá-la porque ela estava sangrando muito e se fingiu de morta. Na residência do autor foram encontrados ainda quatro munições calibre 12 intactas, duas munições calibre 28 intactas e três estojos calibre 32.
Apesar da condenação, Aniceto ganhou o direito de recorrer do julgamento em liberdade.