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A remuneração como estratégia

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Não se pode vender tempo e sim produção

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A remuneração de funcionários passou por grandes transformações nas últimas duas décadas. No Brasil, antes dos anos 2000, o salário fixo era a única forma de “recompensar” o tempo e esforço que o profissional dedicava à empresa. A remuneração na sua maioria era contabilizada por horas e variava conforme o cargo. Essa realidade começou a se transformar quando os primeiros millennials[1] entraram no mercado de trabalho, coincidindo com a expansão da internet.

Essa virada passou muito pela popularização da visão, antes tida e discutida somente entre empreendedores, de que não se pode vender tempo e sim produção. Todo profissional precisa entregar uma mais valia[2], regra básica para a sobrevivência de qualquer empresa privada. No entanto, o que mudou foi como isso ocorre. As gerações abaixo dos 40 anos popularizaram a visão de produtividade e remuneração por desempenho, logo, é possível entregar uma mais valia às empresas sem a necessidade de ser tão ortodoxo quanto a horários, formas de pagamento e relações trabalhistas. O home office veio para ficar, terceirizações das atividades, comissionamentos e representações são questões que crescem exponencialmente. E por que? Porque as pessoas querem isso. É famosa mão invisível do mercado agindo. 

Lógico, há atividades em que se faz necessário a presente física do profissional dentro da jornada de trabalho, como sãos as funções industriais e agrícolas por exemplo.

Mesmo assim, as empresas podem inovar. Hoje a remuneração é aplicada de várias formas, podendo ser utilizada por qualquer empresa:

a) Salário Fixo: Direto e periódico;

b) Salário Indireto: Benefícios com convênios médicos, vale transporte, etc;

c) Funcional ou Meritocracia: Salários, benefícios ou vantagens maiores do que a base, conforme plano de carreira e cargos;

d) Variável: Comissões, bônus por metas, participação nos resultados;

e) Por competência: Programas de incentivo a qualificação;

f) Acionária: Distribui bônus por meio de ações da empresa.

As moedas de trocas aos funcionários e profissionais em geral que atuam na empresa podem ir além do pagamento financeiro. Benefícios como flexibilidade de horário, folgas, participação no processo decisório e liberdade para criatividade são fatores que englobam uma nova modalidade de remuneração, a remuneração social. Essa remuneração refere-se ao bem-estar da pessoa dentro da organização. Ao tratamento, relações de trabalho e cultura de feedback. Com isso, leva os profissionais a não somente se sentirem parte da empresa, e sim, fazerem parte dos principais processos, terem a possibilidade de exercerem suas funções com autonomia e desenvolverem suas mais diversas habilidades.

Apesar de no Brasil haver barreiras consistentes à implantação de novidades no campo das relações de trabalho: (a) CLT antiquada; (b) sindicatos desalinhados à essa realidade; (c) e ainda haverem empresas que ao pagarem os salários em dia acreditam que estão fazendo um favor à sociedade; é possível se adaptar e inovar na forma em que empresa e colaboradores exercem seus papeis.

Fica evidente que em nenhum momento se falou em “TRABALHAR MENOS”, e sim, que a empresa precisa fazer o que puder para gerar interesse, produtividade e engajamento de seus colaboradores. O que não garantirá que estes se “aposentem” na mesma (visão retrógrada), mas que sejam a melhor versão profissional que puderem. Deem o seu melhor.


[1] Para mais informações, acessar: https://rockcontent.com/br/blog/dossie-das-geracoes/

[2] Entregar mais resultado do que seu custo para a empresa

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