Número de mulheres com seis filhos ou mais caiu drasticamente
Os dados do Censo 2022 relacionados a fecundidade, mostram que cada vez menos mulheres têm tido alto número de filhos. A queda mais significativa se comparados os censos de 2010 e 2022 está no número de mulheres com seis filhos ou mais. Os dados apontam que as famílias numerosas estão lentamente se extinguindo, a partir do registros de óbitos de mães mais velhas.
As mais novas, em sua maioria, não têm filhos. Em Canoinhas, esse percentual foi de 32,46% em 2010 para 28,77% em 2022. Quem opta por ter filhos, conforme mostrou reportagem postada neste domingo, 6, no JMais, têm, em sua maioria um ou dois filhos. Esse número vai caindo quando se refere a três, quatro e cinco filhos. Uma curiosidade, que se repete em boa parte dos Município do Planalto Norte, é que há mais mães de seis filhos ou mais do que mães de cinco filhos.
Nos últimos anos, tem se observado uma mudança significativa nos padrões de fertilidade entre as mulheres em todo o País. Em 1960, a Taxa de Fecundidade Total (TFT) do país era de 6,28 filhos por mulher, chegando a 8,56 na região Norte. Em 2022, essa taxa caiu para 1,55 filho por mulher no país e para 1,89 na região Norte.
Também cresceu bastante a proporção de mulheres que chegaram ao final da vida reprodutiva sem terem sido mães. Essas tendências demográficas se repetem, com maior ou menor intensidade, em todas as unidades da federação, mostrando diferenças por cor ou raça, níveis de instrução e, também, por grupos religiosos.
De 2000 para 2022, a idade média em que as mulheres do país tinham filhos subiu de 26,3 anos para 28,1 anos. O percentual no país de mulheres com 50 a 59 anos que não tiveram filho era de 10,0% em 2000 e subiu para 16,1% em 2022.

Há outras fontes de dados que fornecem o número de filhos nascidos vivos em um determinado ano (Estatísticas do Registro Civil, do IBGE e SINASC, do Ministério da Saúde), mas apenas os dados do Censo Demográfico possibilitam cruzamentos com nível de instrução, cor ou raça, entre outras características socioeconômicas das mulheres. Essas análises mais desagregadas permitem entender com maior profundidade o comportamento da fecundidade em diferentes grupos populacionais.
IDADE
Os dois últimos censos demográficos demonstram o envelhecimento da curva de fecundidade das mulheres do país. Em 2010, o pico da curva da distribuição relativa das taxas específicas de fecundidade estava no grupo etário de 20 a 24 anos, que tinha um peso de 26,5% na composição da TFT do ano. Em 2022, a maior concentração passou a ser verificada no grupo etário de 25 a 29 anos, com 24,4% do peso da fecundidade total do ano. Ao mesmo tempo, nota-se a redução nas proporções da fecundidade nos primeiros grupos etários e um aumento dessas proporções para os grupos a partir de 30 anos.
Em 2022, em três Grandes Regiões (Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste) o pico da distribuição das taxas específicas de fecundidade se deslocou do grupo etário dos 20 a 24 anos para o de 25 a 29 anos. A exceção foi o Norte, cujo pico da fecundidade permaneceu nos 20 a 24 anos e o Sul, cujo pico já estava localizado no grupo etário de 25 a 29 anos em 2010.
No Brasil, a idade média da fecundidade em 2000 era de 26,3 anos, passando para 26,8 anos em 2010 (aumento de 0,5 anos) e para 28,1 anos em 2022 (aumento de 1,3 anos). A idade média da fecundidade é um importante indicador que revela tendências no comportamento reprodutivo, indicando se as mulheres estão tendo filhos mais cedo ou mais tarde.

SANTA CATARINA
Santa Catarina é o sétimo Estado com a menor taxa de fecundidade do Brasil, com 1,51 filhos por mulher. Além de optar por terem menos filhos, as catarinenses estão entre as que mais adiam a maternidade.
Além de ter menos filhos, as catarinenses estão entre as que mais adiam a maternidade. Com uma idade média de 28,69 anos para ter o primeiro filho, Santa Catarina é o quarto estado onde as mulheres se tornam mães mais tarde.