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Fiesc se pronuncia sobre possibilidade de filho de Bolsonaro ser candidato ao Senado por SC

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Esta é uma coluna de opinião. Aqui você vai encontrar notas sobre bastidores da política regional e estadual, além de artigos que expressam a opinião do colunista.

Governador Jorginho Mello apoia escolha de Bolsonaro

CARLUXO

O suposto telefonema feito pelo ex-presidente Jair Bolsonaro à deputada Julia Zanatta dizendo que estuda a possibilidade de que seu filho 02, Carlos Bolsonaro, carioca e atualmente vereador do Rio de Janeiro, transferir seu domicílio eleitoral para Santa Catarina a fim de disputar uma vaga no Senado, continua gerando indigestão não só na classe política, mas também na empresarial e na imprensa.

A Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), emitiu a seguinte nota:

“Santa Catarina tem lideranças políticas preparadas e legítimas para representá-la no Congresso Nacional. A indústria catarinense defende que a voz do Estado em Brasília deve ser constituída com base no mérito, no diálogo com a sociedade e na profunda conexão com os catarinenses — e não por imposições externas.

Temos um dos maiores parques industriais do Brasil, somos protagonistas nas exportações, na inovação e na geração de empregos e, graças a isso, referência nacional em qualidade de vida e segurança. Para seguir avançando e enfrentar uma série de desafios, entre os quais os de infraestrutura, precisamos de representantes com raízes no Estado.

Nossos congressistas devem estar ligados ao setor produtivo e à população catarinense, para defender com legitimidade e conhecimento de causa os nossos interesses. A Fiesc valoriza a autonomia política do Estado, as lideranças locais e o respeito à trajetória de um Estado que nunca se curvou a projetos alheios à sua realidade.”

Quem já vinha administrando essa questão, conforme a coluna vem noticiando, é o governador Jorginho Mello (PL), certamente surpreendido com a fala de Bolsonaro. Aliado de primeira hora do ex-presidente, o governador já vinha pisando em ovos com Caroline de Toni e Julia Zanatta, que colocaram seus nomes a disposição do partido para disputar as duas vagas que vão se abrir no Senado. Jorginho alimenta a esperança de liquidar a candidatura de João Rodrigues (PSD) ao governo justamente oferecendo a ele, na composição com o PL, uma vaga na disputa ao Senado.

Em entrevista às páginas amarelas da revista Veja do fim de semana, Jorginho disse que Carluxo é um amigo que luta por um Brasil melhor. “O seu nome vem sendo cogitado numa articulação do PL nacional com Bolsonaro. Se for a escolha do ex-presidente, será a minha. No final, é o povo catarinense que decide quem será o seu representante.”






NÃO SERIA A PRIMEIRA VEZ…

Que Santa Catarina votaria conforme a vontade do ex-presidente. Em 2022, o ex-presidente empacotou Jorge Seif Jr e o enviou do Rio de Janeiro para Santa Catarina. Deu certo e Seiff foi eleito.




IMPRENSA

Em um raro momento de posição política, o grupo ND, um dos maiores de comunicação do Brasil que administra emissoras de TV, rádio e o único jornal diário impresso do Estado, publicou editorial criticando a fala de Bolsonaro.

Sob o título “Santa Catarina não é curral de ninguém”, o texto afirma que “a tentativa do ex-presidente Jair Bolsonaro de impor o nome do seu filho Carlos Bolsonaro como pré-candidato ao Senado Federal por Santa Catarina é um desrespeito à inteligência e à maturidade política dos catarinenses.”

E segue: “Mais do que isso: revela um desprezo pela história, pela identidade e pela autonomia política de um povo que sempre soube se autogovernar com dignidade. É verdade que os catarinenses votaram expressivamente em Bolsonaro. Em 2018, no segundo turno, ele foi escolhido por 75,92% dos eleitores. Quatro anos depois, em 2022, ainda obteve 69,27% – a maior votação proporcional entre todos os Estados. Aqui Bolsonaro encontrou palanque, motociatas, aplausos, férias com jet ski e calorosa recepção. No entanto, os votos recebidos não foram retribuídos com investimentos federais ou políticas públicas à altura da confiança depositada. Durante seu governo, o ex-presidente raramente ouviu nossas lideranças, dialogou com setores produtivos ou se conectou à sociedade catarinense de forma efetiva. Ele ficou devendo. (…) Bolsonaro mantém sua liderança, inegável, mas poderia exercê-la com grandeza — sobretudo em relação a Santa Catarina. Em vez de impor nomes, deveria ouvir lideranças locais, respeitar o eleitorado que lhe foi leal e reconhecer o protagonismo regional.”





IMPRENSA 2

Sobrou até para Seif no contundente editorial: “Em 2022, ao indicar o carioca Jorge Seif ao Senado catarinense, promoveu alguém sem raízes locais, que pouco se integrou à vida pública do Estado. Repetir agora a fórmula com Carlos Bolsonaro, vereador no Rio de Janeiro há 20 anos, é ainda mais grave. É confundir gratidão eleitoral com servidão política. (…) Se Bolsonaro deseja manter sua influência em Santa Catarina, que o faça de forma madura. Nosso Estado nunca teve coronelismo e não é agora que vai ter. O eleitor catarinense quer ser representado por quem conhece suas cidades, seus desafios, sua cultura. O bolsonarismo tem espaço aqui — mas não é monopólio de uma família.”






HOMENAGEM

Orestes Golanovski foi considerado o maior doador de sangue do mundo / Divulgação

A vereadora Katia Oliskowski (Rep) apresentou um projeto de resolução que visa reconhecer e incentivar a doação de sangue no município de Canoinhas. Com a proposta, será criado o “Prêmio Orestes Golanovski – Maior Doador de Sangue do Ano”, que será entregue anualmente em junho, durante as atividades da campanha “Junho Vermelho”, que celebra o Dia Mundial do Doador de Sangue em 14 de junho.

O prêmio será concedido ao cidadão ou cidadã que mais realizar doações de sangue ao longo do ano anterior à premiação. A responsabilidade pela apuração das doações ficará a cargo da Associação de Doadores de Sangue da Região de Canoinhas (Adosarec). A associação terá a tarefa de manter um registro atualizado das doações e informar oficialmente à Câmara Municipal quem será o homenageado até o dia 31 de maio de cada ano.






HOMENAGEM 2

A entrega do prêmio poderá acontecer em uma sessão solene na Câmara Municipal, em um evento oficial em parceria com a Prefeitura ou em uma cerimônia organizada em conjunto com a Adosarec. Os homenageados receberão um certificado de honra ao mérito, uma placa de reconhecimento e outras formas de homenagem simbólica, conforme a decisão do Poder Público, sem que isso gere grandes despesas para o orçamento municipal.

Além disso, a Câmara de Vereadores poderá regulamentar a resolução para garantir sua efetiva aplicação. As despesas relacionadas à execução da lei serão cobertas por dotações orçamentárias específicas, podendo ser suplementadas, se necessário.

O projeto já passou em primeira votação e segue, agora, para segunda apreciação.






PRESENÇA

Divulgação

A deputada estadual Luciane Carminatti (PT) esteve em Canoinhas no feriado de Corpus Christi, onde se reuniu com lideranças partidárias locais. Ela está em campanha pela presidência do partido no Estado.