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Pesquisa mostra que situação de Jorginho não é tão confortável assim

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Esta é uma coluna de opinião. Aqui você vai encontrar notas sobre bastidores da política regional e estadual, além de artigos que expressam a opinião do colunista.

Com pouca projeção estadual, João Rodrigues (PSD) tem 20,8% das intenções de voto

PESQUISA

A primeira pesquisa de intenção de voto ao governo do Estado para a eleição do ano que vem mostra que a situação não está tão confortável como se imaginava assim para Jorginho Mello (PL). Mesmo sem projeção estadual, o prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), aparece com  20,8% das intenções voto ante 39,3% de Jorginho. Mais 27,7% dos entrevistados se disseram indecisos ou que votariam em branco ou nulo para governador. A pesquisa foi realizada pela Neokamp Pesquisas e publicada pelo site da Gazeta do Povo.

Como a história do meio copo cheio e meio copo vazio, a situação pode ser interpretada pelo governo de forma otimista, ou não. Jorginho, afinal, tem o dobro de intenção de votos. Porém, tem nome estadualizado pela própria natureza do cargo e usa da poderosa estrutura de marketing do Estado. João Rodrigues tem uma gestão bem avaliada, mas em absoluta desvantagem em termos de repercussão.

Como escreveu o colega Marcelo Lula, do SC em Pauta, “ao entrar no período eleitoral no próximo ano, haverá o peso natural do desgaste da gestão – com todos é assim –, e, havendo candidatos com percentual muito próximo ao dele, é sinal de que a tentativa de reeleição poderá se complicar.”

Não é por menos que Jorginho vem articulando para convencer o PSD a coligar com o PL e lançar Rodrigues para o Senado. Tarefa mais que árdua. Primeiro, precisa convencer Rodrigues, depois combinar com Jair Bolsonaro, que avisou que vai mandar seu filho 03, Carlos, para Santa Catarina, representar o Estado mais bolsonarista do Brasil na disputa por uma vaga no Senado. Tem ainda Carol de Toni e Julia Zanata, deputadas federais do PL que ambicionam a vaga, com ligeira vantagem para Carol, conforme comentei aqui na coluna.

Além disso, é importante destacar o baixo percentual da esquerda. Décio Lima (PT) aparece no cenário com 12,2% das intenções de voto. Em 2022, no primeiro turno, o petista fez 17,42% dos votos, chegando a 29,31% no segundo turno. Isso quer dizer que a esquerda terá, pelo menos, cerca de 15% no primeiro turno. “E isso não aparece por causa do chamado voto envergonhado”, também observa Marcelo.

O desempenho de Décio pode traduzir, pelo menos nessa fotografia de momento, que o petista tem poucas chances de ir para o segundo turno em um cenário em que Jorginho e Rodrigues terão protagonismo. Contudo, seus votos farão toda a diferença em um eventual segundo turno entre os dois candidatos bolsonaristas até a medula. Dessa forma, quem herdaria os votos petistas?