domingo, 15

de

junho

de

2025

ACESSE NO 

Planalto Norte teve mais de 140 internações por acidentes com pedestres e ciclistas em 5 anos

Imagem:Freepik

Últimas Notícias

- Ads -

Números são relacionados a internações em Mafra e Canoinhas

De acordo com informações do sistema TabNET, do DataSUS, no período entre janeiro de 2020 e março de 2025, os municípios de Mafra e Canoinhas registraram 141 internações de pedestres e ciclistas vítimas de acidente de trânsito em unidades hospitalares do Sistema Único de Saúde (SUS).

Em relação a acidentes envolvendo atropelamento, foram 59 casos registrados durante o período, sendo 45 em Mafra e 14 em Canoinhas, conforme os dados do TabNET. Houve uma morte registrada.

No que diz respeito aos casos envolvendo ciclistas, os dados apontam que foram 82 internações ao longo do período. Mafra registrou 51 internações, Canoinhas registrou 26, além de três internações em Major Vieira, uma em Papanduva e uma em Três Barras. As estatísticas apontam, ainda, que cinco ciclistas morreram em Mafra por conta dos ferimentos que tiveram em acidentes de trânsito.



DIAS SEGUIDOS

Recentemente, Canoinhas e Três Barras registraram acidentes de trânsito envolvendo atropelamentos em dias seguidos. Ambos os casos foram registrados por câmeras de segurança.

Na primeira situação, duas professoras da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Canoinhas estavam a caminho do trabalho, quando foram atropeladas enquanto atravessavam a rua Senador Felipe Schmidt pela faixa de pedestres. O motorista fugiu sem prestar socorro.

As vítimas tiveram apenas escoriações e foram encaminhadas à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Canoinhas para atendimento médico. Em pouco tempo, equipes da Polícia Militar localizaram o motorista envolvido no acidente. Ele estava em uma oficina mecânica no bairro Água Verde, tentando consertar o veículo danificado por conta do atropelamento. Ele foi conduzido à Delegacia.

Na manhã seguinte, na avenida Rigesa, em Três Barras, uma enfermeira da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) três-barrense foi atropelada. Assim como na situação anterior, ela também atravessava a via pela faixa de pedestres.

O motorista envolvido no acidente permaneceu no local para esclarecimentos. A vítima foi encaminhada para atendimento médico.



CASO ADOLAR ALVES DOS SANTOS

Em abril de 2025, a família de Adolar Alves dos Santos, de 62 anos, buscava respostas sobre as circunstâncias que o teriam levado à morte. De acordo com familiares, o homem era natural de Canoinhas e vivia há 41 anos como andarilho, mesmo com constantes tentativas de parentes em ajudá-lo a sair das ruas. Ele teria sido atropelado na noite de uma quarta-feira na rua Roberto Ehlke, em Canoinhas, e mesmo após atendimento do Corpo de Bombeiros e encaminhamento à Unidade de Pronto Atendimento (UPA), o homem morreu.

No atestado de óbito compartilhado com a reportagem do JMais pela família de Adolar Alves dos Santos, consta a informação de que ele sofreu politraumatismo. No campo do documento onde devem ser anotadas prováveis circunstâncias de morte não natural, a informação anotada à caneta é de que ele sofreu “atropelamento em estacionamento”. Segundo familiares, o responsável pelo atropelamento teria fugido do local sem prestar socorro.

Adolar Alves dos Santos tinha 62 anos

Conforme informações do Corpo de Bombeiros, equipes foram acionadas para atender à vítima do atropelamento no bairro Jardim Esperança em um estacionamento particular.

O relatório dos bombeiros aponta que o homem foi encontrado caído no chão, porém consciente e sem sinais de desorientação. Ele tinha ferimentos nos braços e nas pernas, assim como escoriação nas laterais do quadril e na área genital. Após os procedimentos de atendimento pré-hospitalar, o homem foi encaminhado à UPA de Canoinhas.

Semanas depois, uma equipe da Polícia Militar foi chamada para ajudar a Polícia Civil em uma situação na rua Roberto Ehlke, no bairro Jardim Esperança, em Canoinhas. Um motorista estava dormindo ao volante. Segundo a reportagem apurou, ele é auxiliar de necrópsia do Instituto Geral de Perícias (IGP), hoje chamado de Polícia Científica.

Conforme o boletim da Polícia Militar, quando os policiais chegaram no local, encontraram o veículo estacionado e o condutor, aparentemente em um profundo sono, no interior do carro. Ao acordá-lo, os sinais de embriaguez eram claros. O homem apresentava dificuldade para se manter em pé e, para piorar, latas de cerveja estavam espalhadas pelo veículo. Ele, por sua vez, se mostrou relutante em fazer o teste do bafômetro.

A situação escalou rapidamente. Durante a abordagem, o motorista começou a insultar os policiais e resistiu à prisão, forçando os agentes a utilizarem algemas e força para contê-lo. O detido era o principal suspeito de ter atropelado Adolar Alves dos Santos. Ele segue em prisão preventiva no Presídio Regional de Canoinhas.