Com a alta nos juros, muitos mutuários não tem conseguido honrar com seus financiamentos imobiliários, levando cada vez mais opção de imóveis disponíveis no mercado de leilões, o que tem se tornado um atrativo para investidores.
Claro, o mercado de leilão também exige um estudo prévio de como funcionam essas arrematações, por isso o advogado Dr. Marco Aurélio Braga, que ministra cursos de leilão de imóveis para iniciantes, lista alguns pontos de atenção que devem ser observados antes de começar.
Certifique-se que se o site não seja de golpistas, para isso busque as fontes oficiais, que são dos bancos e agentes financeiros, e se necessário for, entre em contato com a central de atendimento para verificar se o leiloeiro que alega ser credenciado para leiloar o imóvel de fato tem tal autorização. Além disso, uma busca no site das Juntas Comerciais (JUCEMG, JUCESP, JUCERJ) informa se há registro da atividade do leiloeiro.
Outro ponto é analisar o edital desses imóveis, pois além de um documento obrigatório, que poderá ensejar a anulação do leilão caso não seja público, que dita as regras, limites e responsabilidades desses leilões, e ai que moram as “pegadinhas”, pois nem tudo estará coberto, principalmente em relação as benfeitorias caso esse imóvel venha a ser anulado.
O grande segredo para evitar uma anulação é entender se o processo expropriatório foi feito seguindo o rito da lei de alienação fiduciária, pois eventualmente, em razão do volume de imóveis levados a leilão, poderá ter sido esquecido algum rito da lei, e caso seja ajuizada ação anulatória, todo o esforço em adquirir um imóvel em leilão terá sido em vão.
O maior comitente atual, é a CEF ( Caixa Econômica federal) e nesse link você poderá consultar as opções disponíveis, avaliar a viabilidade e assim participar do leilão. Por fim, o advogado ressalva a cautela na hora da dar lances: “Muitas vezes as pessoas se empolgam achando que é um jogo onde tem que superar um adversário, e assim ultrapassam a viabilidade com lances estratosféricos, e em vez de lucrar, acabam tendo prejuízo, portanto nessa hora, juízo nunca é demais.” ressalta Marco Aurélio Braga.
