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Em 90% das cidades de Santa Catarina há só um médico para cada mil habitantes

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Esta é uma coluna de opinião. Aqui você vai encontrar notas sobre bastidores da política regional e estadual, além de artigos que expressam a opinião do colunista.

A OCDE considera que a média ideal seja de 3,5 médicos por mil habitantes

TELESSAÚDE

Um problema bem recorrente na região de Canoinhas foi expresso em números na semana passada. Pesquisa realizada por professores do Programa de Pós-Graduação em Economia da Universidade Federal de Santa Catarina (PPGEco/UFSC), em parceria com o Tribunal de Contas do Estado (TCE/SC), traçou um diagnóstico, sob o ponto de vista da economia, das políticas públicas de telessaúde no Estado e constatou que impressionantes 90% das cidades catarinenses têm apenas um médico para cada mil habitantes.

A pesquisa revelou que nas regiões metropolitanas há 12 médicos por 1.000 habitantes; já nas cidades do interior, essa relação é inferior a 1 profissional por 1.000 habitantes. O estudo ressalta que, segundo o Censo do IBGE de 2022, 90% dos municípios catarinenses têm menos de 50 mil habitantes, e 55% menos de 10 mil. 

Segundo o Atlas da Demografia Médica no Brasil 2023, levantamento realizado pela Associação Médica Brasileira e a Faculdade de Medicina da Universidade São Paulo, Santa Catarina tem uma médica 3,05 médicos por mil habitantes. E a média do Brasil é de 2,41. A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) considera que a média ideal seja de 3,5 médicos por mil habitantes. 

Outro dado da pesquisa diz respeito à otimização dos atendimentos nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs). São realizados, nas 1.114 UBSs distribuídas nos 263 municípios com até 50 mil habitantes, cerca de 7.261 atendimentos por dia.  Desses, aproximadamente 20% são realizados via telessaúde, ou seja, por volta de 1.500 atendimentos diários.  

Ainda de acordo com o Sistema Integrado Catarinense de Telemedicina e Telessaúde (STT), dependendo do exame, a telessaúde pode evitar 900 deslocamentos por dia. Em termos monetários, a pesquisa revela que dessa forma há uma economia anual de R$ 70 milhões, principalmente para municípios pequenos. 

Outras constatações do estudo é que os equipamentos de telessaúde têm se tornado cada vez mais baratos e fáceis de utilizar; e que a ferramenta zerou filas de espirometria em um ano e evitou a explosão da fila da dermatologia. 







DISCURSOS

O presidente do TCE/SC, conselheiro Herneus De Nadal, enalteceu a realização do trabalho e destacou o compromisso da Corte de Contas com o cidadão. “Esse é um tema sensível. Diz respeito a todos nós, mas principalmente àquele cidadão mais vulnerável, que a única porta que tem para bater em caso de doença é a saúde pública”, reforçou.  

“A telemedicina será uma ferramenta de saúde fundamental para dar atendimento com dignidade para aqueles que não tem acesso a saúde integral pela distância ou pela ausência de profissional”, defendeu o conselheiro Luiz Eduardo, relator dos processos relacionados à saúde na Corte de Contas. Ele aponta ainda que o maior desafio hoje desse sistema, é encontrar as plataformas corretas de gerenciamento. 

O conceito de telessaúde adotado no estudo é o da Organização Mundial da Saúde (OMS) e refere-se à prestação de serviços de saúde à distância, utilizando tecnologias de comunicação e informação, como internet, telefone, videoconferência e aplicativos móveis (telemedicina, para consulta e diagnóstico; telemonitoramento, para acompanhamento de pacientes; teleconsultoria, para profissionais de saúde resolverem dúvidas e aprimorarem condutas).  







RECOMENDAÇÃO

Uma recomendação feitas pelas 7ª e pela 26ª Promotorias de Justiça da Comarca da Capital ao Centro de Informática e Automação do Estado de Santa Catarina (Ciasc) pede que o órgão do governo do Estado revogue o acordo de parceria de telemedicina firmado com uma empresa do Piauí. A indicação é para que a estatal proceda da mesma forma em relação às demais parcerias estratégicas firmadas nos mesmos moldes, que não tenham implicado em uso de recursos públicos.






ORÇAMENTO

A Câmara de Vereadores de Canoinhas deve fazer a primeira votação dos projetos de lei que dizem respeito ao orçamento para 2025 nesta segunda-feira, 2.





CASA CATARINA

Tramita na Assembleia Legislativa (Alesc) um projeto do governo do Estado para a criação do programa Casa Catarina, que prevê a construção de habitações populares. São cinco modalidades previstas, incluindo habitações urbanas e rurais, terrenos públicos e linhas de crédito. Poderão ser atendidas pessoas residentes em áreas urbanas com renda bruta familiar mensal de até seis salários mínimos, além de residentes em áreas rurais com renda bruta familiar de até R$ 96 mil. A informação é do colunista da NSC, Anderson Silva.





Tramita na Assembleia Legislativa (Alesc) um projeto do governo do Estado para a criação do programa Casa Catarina, que prevê a construção de habitações populares. São cinco modalidades previstas, incluindo habitações urbanas e rurais, terrenos públicos e linhas de crédito. Poderão ser atendidas pessoas residentes em áreas urbanas com renda bruta familiar mensal de até seis salários mínimos, além de residentes em áreas rurais com renda bruta familiar de até R$ 96 mil. A informação é do colunista da NSC, Anderson Silva.




COMANDO

Em 31 de janeiro, haverá uma mudança no comando-geral do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina. Fabiano Bastos Neves deve ser substituído por Jefferson de Souza.





APOIO

As bancadas de cinco partidos já declararam apoio à candidatura do deputado Julio Garcia (PSD) à presidência da Assembleia Legislativa de Santa Catarina em 2025. Nos bastidores, já está tudo acertado para a volta dele ao cargo.