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Vereadora reúne relatos de mães de autistas para reclamar de falta de atendimento público

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Ela relatou vários casos de mães que reclamam de falta de consultas e medicamentos

Com uma plateia formada por algumas mães e pais de autistas, a vereadora Tatiane Carvalho (MDB) usou a tribuna da Câmara na noite desta segunda-feira, 4, para reclamar das falhas no atendimento a pacientes autistas por parte do Município. Ela leu diversos relatos de pais que reclamam da falta de atendimento psicológico e de fonoaudiólogo, além da demora no atendimento. “Pago neuropatia particular porque não consigo pelo SUS. Não tem Ritalina (medicamento) na farmácia do SUS. Terapias foram interrompidas porque só vão liberar consultas em fonoaudiologia em janeiro do ano que vem”, relatou.

Tatiane contou também que falta veículo para que um paciente em específico faça uma consulta em Joinville. “Depois que souberam que as mães viriam na Câmara o carro foi liberado, mas só sob pressão”, disse a vereadora, criticando a prefeita Juliana Maciel Hoppe (PL) por ter “usado a causa autista pra fazer campanha. Quando fala que tem um autista na família, deve saber o quanto as mães sofrem”, alfinetou, se referindo a um vídeo divulgado por Juliana nas redes sociais fazendo um relato pessoal. “Falta medicamento e tratamento adequado, assim não dá pra ficar”, afirmou.


REFORÇO

Willian Godoy (PSD) reforçou as críticas feitas por Tatiane à administração municipal e disse ser necessário fazer muita coisa ainda pelos autistas.

Wilmar Sodoski (PSD) disse que quando Juliana era vereadora, ele ficou muito feliz ao ver o quanto ela abraçou a causa dos autistas. “Então quando era vereadora podia, agora como prefeita não pode. A pensar em com quem estamos lidando”.

Mauricio Zimmermann (PL) se disse preocupado com a situação, lembrando que não se trata de um caso isolado, mas são vários relatos. “São várias mães relatando o mesmo problema”, ressaltou, prestando apoio à causa.

André Flenik (PL) também prestou apoio ao requerimento que foi aprovado na sequência.

Procurada, a secretária de Saúde de Canoinhas, Franciele Costa Colla, não respondeu ao pedido de contraponto.



3 PONTOS

O requerimento elaborado por Tatiane à Secretaria Municipal de Saúde pede três pontos:

1- Explicações sobre a política de restrição de atendimento a crianças
menores de 4 anos para terapias fundamentais;
2- Esclarecimentos sobre os motivos da frequente falta de medicamentos destinados aos autistas e as medidas que estão sendo tomadas para evitar tais faltas;
3- Informações sobre possíveis ações para a ampliação e agilização do
atendimento de fonoaudiologia e outras terapias essenciais, considerando o aumento na demanda.

FOGOS

A Câmara também aprovou uma moção de apoio ao Projeto de Lei 0011/2023, em trâmite na Assembleia Legislativa de Santa Catarina. De autoria do deputado Delegado Egidio, o projeto visa proibir a venda, queima e soltura de fogos de artifício com estampidos e outros artefatos pirotécnicos de ruído elevado no Estado. A proposta busca reduzir o impacto negativo causado pelo barulho desses artefatos em bebês, crianças (especialmente aquelas com autismo ou hipersensibilidade), idosos com condições como Alzheimer e animais, que sofrem com altos níveis de estresse devido aos sons intensos.

O projeto prevê um limite de ruído de 50 decibéis, apoiado por recomendações da Organização Mundial de Saúde e do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente. A Câmara argumenta que essa regulamentação estadual criará uma “zona livre de transtornos” sonoros, permitindo celebrações festivas mais inclusivas e respeitosas.