Total representa 22% da produção da cultura em todo o Planalto Norte
Mesmo com as condições climáticas que afetaram o município de Canoinhas no final de 2023 e, eventualmente, afetaram a produção agrícola, a produção da soja aumentou, se comparada à totalidade da produção em 2022. Conforme estatísticas divulgadas pela pesquisa da pecuária municipal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o montante da produção durante o período foi de 106,9 mil toneladas. Em 2022, o total era de 85,7 mil toneladas.
O salto da produção em 2023, em toneladas, representa um aumento de 24,7% da quantidade produzida em 2022. Além disso, os dados relacionados à cultura em Canoinhas representam 22% de toda a produção de soja na região do Planalto Norte, que registrou um montante de 482,6 mil toneladas.
Ainda que a produção de soja em Canoinhas, especificamente, tenha aumentado em 1 ano, a soma dos resultados da cultura em todos os municípios do Planalto Norte durante o período representam uma queda de aproximadamente 4,9%.
Se em 2022, a produção em todo o Planalto Norte representava uma soma de 507.500 toneladas, a soma da produção em 2023 chegou a apenas 482.600 toneladas.
Assim como no caso da produção de leite e ovos durante o ano de 2023, Canoinhas ocupa o segundo lugar, dentre os municípios do Planalto Norte, em relação ao cultivo da soja em toneladas. Mafra ocupa também o primeiro lugar no que diz respeito a essa cultura, tendo colhido 126 mil toneladas durante o período.
FUMO
Assim como no caso da soja, a produção de fumo aumentou em Canoinhas, conforme as estatísticas do IBGE relacionadas aos anos de 2022 e 2023. O salto, no entanto, foi inferior ao da cultura de soja, com um acréscimo de aproximadamente 16,3%.
Em 2022, o montante relacionado ao cultivo de fumo em Canoinhas era de 14,5 mil toneladas. Em 2023, o total foi de 16,9 mil toneladas, mantendo o município em primeiro lugar no que diz respeito à fumicultura em toda a região.
Em relação à soma das produções no Planalto Norte, no entanto, a cultura do fumo também apresentou queda no período de um ano. O total das produções de todos os municípios da região havia sido 78,2 mil toneladas em 2022, mas em 2023, o montante foi de aproximadamente 56 mil toneladas. Uma queda de cerca de 28,3%.
O presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Irineópolis, Eraldo Konkol, alega que, de acordo com conversas com fumicultores, a situação não está necessariamente ligada a uma diminuição de áreas plantadas. “Pelo contrário, acredito que pode ter ocorrido até mesmo um aumento das áreas de plantio, porque o tabaco já vinha de uma safra boa e, geralmente, os produtores plantam mais quando a situação é favorável”, comentou.
Konkol alega, no entanto, que as condições climáticas que assolaram toda a região tiveram influência determinante para a colheita do tabaco em 2023. “O tempo muito chuvoso em outubro e novembro acabou quebrando grande parte da produção”, afirmou.
Segundo Konkol, justamente por conta da produção menor durante o período, o preço de compra acabou aumentando cerca de 30%. “Dependendo do produtor, ele conseguiu vender a produção por um valor de até 40% a mais do que ele havia vendido no ano anterior e isso acabou compensando a quebra de produção do fumicultor, com um equilíbrio da situação”, explicou.
O produtor e presidente do sindicato explicou ainda que esse favorecimento fez com que fumicultores conseguissem vender o quilo do tabaco até a R$ 30, sendo que no anterior, segundo ele, nenhum produtor da região havia conseguido vender sequer a R$ 20 o quilo.