A verba para os medicamentos gratuitos caiu de R$ 2,04 bilhões neste ano para R$ 804 milhões no projeto de 2023
O governo Bolsonaro cortou em 59% o orçamento em 2023 do programa Farmácia Popular, que atende mais de 21 milhões de brasileiros com medicamentos gratuitos, para garantir mais recursos para o orçamento secreto, esquema revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo de transferência de verbas a parlamentares sem transparência. As despesas para atendimento da população indígena também sofreram uma “tesourada” de 59%.
Hoje, a rede oferece 13 princípios ativos com 100% de gratuidade. Veja a lista:
- Brometo de Ipratrópio (Asma)
- Dipropionato de Beclometsona (Asma)
- Sulfato de Salbutamol (Asma)
- Cloridrato de Metformina (Diabetes)
- Glibenclamida (Diabetes)
- Insulina Humana (diabetes)
- Insulina Humana Regular (Diabetes)
- Atenolol (Hipertensão)
- Captopril (Hipertensão)
- Cloridrato de Propranolol (Hipertensão)
- Hidroclorotiazida (Hipertensão)
- Losartana Potássica (Hipertensão)
- Maleato de Enalapril (Hipertensão)
Além do corte do orçamento de 100% da gratuidade, a parte do programa Farmácia Popular chamada de copagamento, em que o governo paga uma parte e o beneficiário a outra, também será atingida pelo corte de 60% entre 2022 e 2023. Nessa modalidade, o governo paga até 90% do valor. A lista dos produtos com copagamento inclui fraldas geriátricas e medicamentos para osteoporose, rinite, Parkinson, glaucoma, dislipdemia e anticoncepção. Veja a lista:
- Acetato de Medroxiprogesterona (Anticoncepção)
- Alendronato de Sódio (Osteoporose)
- Budesonida (Rinite)
- Carbidopa + levodopa (Doença de Parkinson)
- Cloridrato de Benserazida + Levodopa (Doença de Parkinson)
- Etinilestradiol + Levonorgestrel (Anticoncepção)
- Maleato de Timolol (Glaucoma)
- Noretisterona (Anticoncepção)
- Sinvastatina (Colesterol)
- Valerato de Estradiol + Enantato de Noretisterona (Anticoncepção)
- Fraldas geriátricas.