8 de dezembro de 2021
A expectativa para a última reunião do Copom no ano, hoje, é de que a taxa Selic suba 1,5 ponto porcentual, passando de 7,75% para 9,25% ao ano. Em nove meses, o aumento deve somar 7,25 pontos. Ao promover o mais forte choque de juros em quase 20 anos, o objetivo do Banco Central é combater uma inflação alta, persistente e disseminada. Mesmo sem ser hiperinflação, o índice na casa dos 10% prejudica a atividade econômica e empobrece a população. Uma mexida tão grande nos juros em prazo tão curto, como tem feito o BC, fica atrás apenas do ciclo iniciado no fim de 2002, com a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência. Em três meses, de outubro de 2002 a janeiro de 2003, a taxa subiu 7,5 pontos e, em fevereiro, foi a 26,50%. Agora, mesmo com os juros em alta acentuada, é provável que o BC descumpra por dois anos seguidos (2021 e 2022) a meta de inflação.
Folha de S.Paulo

O Estado de S.Paulo

O Globo
