31 de outubro de 2021
A parcela mais pobre da população enfrentou ao longo da pandemia um esmagamento do poder de compra.
A inflação dos alimentos, principal grupo de produtos consumidos por esse estrato, subiu quase 40% – metade disso nos últimos 12 meses, quando os índices oficiais avançaram 10%. O desemprego cresceu 8,5 pontos percentuais, após um salto de 21% de 2014 a 2019.
O resultado dessa combinação é o aumento da fome e da miséria no país.
Para que os preços estanquem ou caiam, especialistas esperam queda maior da atividade econômica e do emprego, repetindo o ocorrido de 2015 a 2019, quando a inflação ao consumidor (IPCA) cedeu de 10,7% para 4,3%. O PIB afundou 7,2%, e a taxa básica de juros quase dobrou em dois anos.
Tal combinação encontra agora com um Brasil fragilizado e mais pobre do que o de 2015.
Segundo o Datafolha, 57% das famílias atravessam o mês com menos de R$ 2.200. Mas a renda é muito menor para os realmente pobres: 27,4 milhões de brasileiros (13% do total) vivem hoje com menos de R$ 261 ao mês, aponta a FGV Social, a maior taxa de miseráveis em uma década. FOLHA DE S.PAULO – Mercado A15.
Folha de S. Paulo

O Estado de S.Paulo

O Globo
