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The White Lotus é humano, demasiado humano

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Série da HBO Max é uma das melhores do ano

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HUMANO

Uma das melhores séries do ano está em cartaz na HBO Max. The White Lotus é um frescor de novidade no caldeirão de séries que os serviços de streaming e TVs nos oferecem. Fugindo dos estereótipos da comédia, gênero no qual se encaixa, a série mostra um grupo de ricos chegando no White Lotus, um resort no Havaí cheio de mordomias e belezas.

Ironizando a boa vida dos ricos, Mike White, que idealizou a série, mostra o vazio existencial que toma conta de todos. Mark (Steve Zahn) entra em crise quando descobre as preferências sexuais do pai já falecido ao perguntar a um tio se pode ser genético o súbito inchaço de seu testículo direito. Rachel (Alexandra Dadario) descobre na lua de mel que está casada com um boçal, no caso, Shane (Jake Lacy), que fica obcecado por infernizar a vida do gerente Armond (Murray Bartlett) que, por sua vez, não aguenta mais as idiossincracias dos hóspedes. Tem ainda Tanya (Jennifer Colidge), deprimida pela morte da mãe, e Paula (Brittany O’Grady), acompanhante de luxo de Olivia (Sidney Sweeney) que se envolve com um dos funcionários do hotel e o encoraja a desafiar o sistema opressor roubando a família que lhe dá guarida.

Tudo em The White Lotus soa irônico, dos quartos com estampas kitch aos sentimentos de tristeza de Tanya ou de condescendência de Olivia. A descoberta da natureza pelo filho da família principal é tocante e jocoso ao mesmo tempo.

Ao fim dos seis episódios ficamos cientes do quanto pode ser vazia a relativa segurança que a riqueza proporciona e o quanto nós, seres humanos, somos eternos descontentes.

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