Joel da Cruz afirma que houve um mal-entendido
COLUNA DE EDINEI WASSOASKI DE 12 DE FEVEREIRO DE 2020
AFASTADO
O tesoureiro da Câmara de Vereadores de Três Barras, Joel da Cruz, foi afastado do cargo na semana passada por determinação judicial. Medida cautelar, que pode ser revertida, foi acatada pelo Judiciário a pedido do Ministério Público.
A decisão, que é pública, acolhe a representação e decreta “o afastamento/suspensão de Joel da Cruz da função de tesoureiro da Câmara de Vereadores do Município de Três Barras, o que faço com fulcro no art. 319, VI, do Código de Processo Penal. (…) Intime-se o representado, para estar ciente de que a partir de sua intimação está proibido de exercer a função de tesoureiro do Município de Três Barras, sob pena de ser decretada sua prisão preventiva…”.
O artigo a que a decisão se refere versa sobre o crime de peculato, que consiste na subtração ou desvio, por abuso de confiança, de dinheiro público ou de coisa móvel apreciável, para proveito próprio ou alheio, por funcionário público que os administra ou guarda; ou abuso de confiança pública.
Como a decisão é cautelar, Joel está recorrendo. Ele disse à coluna que já havia pedido para deixar o cargo antes da decisão judicial e que ocorreu um mal-entendido. Segundo Joel, em 2018 seu pai, Cidival da Cruz, vereador que presidia a Câmara à época, autorizou desconto na folha de pagamento dele, no valor de um consignado que Joel tinha em seu nome. O desconto vinha na folha de seu pai, e o valor era repassado normalmente para a Caixa Econômica. “Quando me falaram que isso não poderia acontecer, faltavam apenas duas parcelas. Fiz a alteração para o desconto no meu nome em vez de anular os valores descontados do meu pai, o que seria o procedimento correto”, explica.
O presidente da Câmara, Fabiano Mendes, cumpriu a decisão e nomeou Ernani Wogeinaki Jr para o cargo como função gratificada.
Joel, contudo, voltou a trabalhar na Câmara logo em seguida.
