“Teremos momentos muito ruins nas próximas semanas”, diz secretário de saúde de SC
O secretário de Estado da Saúde André Motta Ribeiro promoveu uma reunião ampliada na manhã desta terça-feira, 25, com técnicos da Secretaria, Ministério da Saúde e entidades para avaliar o atual momento da pandemia e construção de processos para as ações de enfrentamento diante de uma terceira onda da pandemia em Santa Catarina.
O encontro reuniu representantes de órgãos de controle como Tribunal de Contas do Estado, Ministério Público, além de entidades como Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Santa Catarina (Cosems) e Associações e Federações representativas de Hospitais Filantrópicos e o secretário adjunto de Estado da Saúde, Alexandre Lencina Fagundes.
“Esse encontro tem o objetivo de buscarmos soluções conjuntamente e debatermos a organização de medidas que precisam ser tomadas imediatamente em relação à compras de medicamentos e equipamentos, mais contratação de pessoal para as unidades e possibilidade de serviços privados para auxiliar esse enfrentamento”, disse.
Em entrevista nesta segunda, 24, Motta havia dito que estão previstos para as próximas semanas “momentos muito ruins” em razão do recrudescimento da pandemia de covid-19. A previsão faz parte da projeção de uma terceira onda da doença em Santa Catarina, principalmente com chegada do frio ao Estado.
“Nós iremos enfrentar momentos muito ruins nas próximas semanas, com aumento já percebido do número de casos que já estão se refletindo na ocupação de leitos de UTI covid”, disse Motta, em reunião com gestores de saúde municipais que definiu a antecipação da imunização de profissionais de educação.
Na reunião desta terça foi definida uma agenda entre as entidades para o debate de medidas que visem estruturar o enfrentamento. Logo após a reunião, grupos técnicos da Secretaria passaram a discutir se novas ações e fluxos de processos.
ELETIVAS
Motta Ribeiro ainda abordou a questão da cirurgia eletivas. Antes da pandemia eram 63 mil pessoas aguardando cirurgia e atualmente esse número chega a 97 mil pessoas.
“Essa é uma questão que temos discutido com entidades para ampliar a oferta em nossa rede hospitalar, que já é bastante robusta”.
O secretário viaja a Brasília nesta quarta e quinta-feira, onde participa da Assembleia Geral do Conselho Nacional dos Secretários da Saúde (Conass) e cumpre extensa agenda no Ministério da Saúde, incluindo audiência com o ministro Marcelo Queiroga.
