Com plano de imunização alterado, comorbidades podem ficar para trás
Com a decisão de estados e municípios de priorizarem professores e forças de segurança na vacinação contra a covid-19, grupos de pessoas com comorbidades devem receber o imunizante contra a doença somente depois de todas as faixas etárias priorizadas (60 anos ou mais), policiais, bombeiros, agentes penitenciários e professores forem imunizados. No ritmo atual da campanha de vacinação, isso só ocorreria no segundo semestre. Atualmente estão sendo vacinados quem tem entre 60 e 69 anos em Santa Catarina, por exemplo. Alguns agentes de segurança pública já receberam a vacina, mas em um número bem reduzido.
Pela ordem do plano nacional de vacinação, doenças que elevam o risco de agravamento da covid-19, como diabetes, hipertensão, obesidade, cardiopatias, doenças pulmonares e renais, estariam na terceira fase da vacinação, à frente dos professores e de forças de segurança, por exemplo. O grupo com comorbidades é o maior entre os prioritários, soma quase 17,8 milhões no país. por se tratar de um grupo numeroso, é provável que o escalonamento se dê por idade, mas a logística ainda está sendo discutida.
Em nota, o Ministério da Saúde diz que a antecipação de parte do grupo prioritário das forças de segurança foi discutida na Comissão de Intergestores Tripartite e pactuada com o Conass e o Conasems (conselhos de secretários da Saúde).
Ressaltou ainda que o plano nacional de vacinação está sujeito a alterações e que a orientação aos estados, municípios e Distrito Federal é para que gestores de saúde locais sigam a ordem de prioridades estabelecida.
Confira quais são as comorbidades que darão direito à vacina:
Diabetes melitus;
Pneumopatias crônicas graves, como doença pulmonar obstrutiva crônica, fibrose cística,
fibroses pulmonares, pneumoconioses, displasia broncopulmonar e asma grave;
Hipertensão arterial;
Insuficiência cardíaca;
Hipertensão pulmonar;
Cardiopatia hipertensiva;
Síndromes coronarianas crônicas, como cardiopatia isquêmica;
Valvopatias;
Miocardiopatias e pericardiopatias;
Doenças da aorta, dos grandes vasos e fístulas arteriovenosas, como aneurismas e hematomas da aorta;
Arritmias cardíacas;
Cardiopatias congênitas no adulto;
Portadores de próteses valvares e dispositivos cardíacos implantados (como marcapassos e cardiodesfibriladores);
Doença cerebrovascular;
Doença renal crônica;
Imunossuprimidos, como indivíduos transplantados, que usam imunossupressores ou com imunodeficiências primárias;
Anemia falciforme;
Obesidade mórbida;
Síndrome de Down.