14 de agosto de 2021
O Globo
Moraes manda prender Jefferson por ataques à democracia
Pedido partiu da Polícia Federal, que investiga atuação de milícia digital contra instituições
Em nova ação do Supremo Tribunal Federal (STF) em defesa da democracia, o presidente do PTB, Roberto Jefferson, aliado do presidente Bolsonaro, foi preso ontem. A ordem partiu do ministro Alexandre de Moraes, atendendo a pedido da Polícia Federal, que investiga atuação de milícia digital que tenta intimidar as instituições. Moraes cita práticas do bolsonarista, suspeito de crimes como injúria, difamação, racismo e de incitar agressão contra autoridades públicas. Antes de ser levado, Jefferson divulgou áudio reiterando ameaças. A prisão foi chamada pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, de “censura prévia”.
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Folha de S. Paulo
Roberto Jefferson é preso por ameaças
Ordem de Moraes, do STF, acata pedido da PF diante de ataques à democracia; político vê perseguição
O ex-deputado Roberto Jefferson, aliado do presidente Jair Bolsonaro, foi preso ontem por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. O magistrado acatou pedido da Polícia Federal com base em ataques do político como suposto intuito de abalar a democracia.
Moraes, que assinou o mandado após a PGR não se manifestar, afirma que o presidente do PTB divulgou mensagens com o “nítido objetivo de tumultuar, dificultar, frustrar ou impedir o processo eleitoral, com ataques institucionais ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e ao seu presidente”. Ele lista indícios de mais de dez crimes cometidos.
Pouco antes, Jefferson enviara a correligionários áudio em que ameaça Moraes, fala em perseguição a conservadores e chama o STF de organização criminosa.
A Procuradoria-Geral da República, que se pronunciou depois, diz não haver fundamentos para a prisão preventiva, que, ao afastar o político de suas redes, resultaria no cerceamento da liberdade de expressão. Ministros do STF discordam e citam ameaças à democracia do ex-deputado, que aparece armado em vídeos.
Levado a Bangu 8, no Rio, o delator do mensalão terá como colegas de cadeia o ex-governador Sérgio Cabral Filho e o ex-vereador Dr. Jairinho.
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O Estado de S. Paulo
Cinco projetos brigam para se tornar 1ª vacina nacional contra a covid
Imunizantes de UFRJ, UFMG, USP, UFPR e a Butanvac estão em desenvolvimento
O País tem pelo menos dez projetos para o desenvolvimento de uma vacina nacional contra a covid-19, mas cinco estão mais adiantados. Além da Butanvac, em desenvolvimento no Instituto Butantan e já em testes clínicos, os imunizantes da UFRJ, da UFMG e da USP de Ribeirão Preto aguardam autorização da Anvisa para entrar nessa mesma etapa. Também há uma candidata da UFPR, informa Roberta Jansen.
A expectativa é de que em 2022 haja pelo menos uma vacina desenvolvida e produzida no Brasil. A produção local é importante para baratear custos e dar autonomia ao País, além de desenvolver tecnologia. “Uma coisa que essa pandemia evidenciou é a nossa dependência tecnológica, tanto na área dos diagnósticos e equipamentos médicos como também na questão da vacina”, afirmou o coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Vacina do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, Ricardo Gazinelli.
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