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Quem falará pelos 40% de brasileiros que não são petistas nem bolsonaristas?

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Questão é bem importante para combater a doente polarização

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A COLUNA ESTÁ DE FÉRIAS. VOLTA A PUBLICAR TEXTOS INÉDITOS EM FEVEREIRO DE 25. ATÉ LÁ, TEXTOS DE 2024 SERÃO DESTACADOS COMO ESTE, POSTADO ORIGINALMENTE EM 2 DE JUNHO

COLUNA DE DOMINGO Artigo publicado no jornal O Estado de S.Paulo, assinado por Roberto Freire, Eduardo Jorge, Gilberto Natalini e Augusto de Franco fez esse incômodo questionamento que dá título a esta coluna. Afinal, hoje, existe alguém capaz de responder por quem não apoia Lula nem Bolsonaro?

Há no Brasil de hoje dezenas de milhões de eleitores que não se sentem representados pelas forças que dominam a arena política. “São esses – em boa parte – os que apoiam a democracia como um valor universal e que são contra toda sorte de preconceitos e discriminações. São os que acreditam na eficiência do Estado, mas defendem uma economia livre, querem aliar desenvolvimento e sustentabilidade, desejam empreender, mas precisam de apoio ou, quando menos, que não sejam atrapalhados, os que sabem que segurança é inteligência e a violência, irmã da desigualdade”, diz o artigo. Pois é, me incluo nesse grupo. E acrescento: que acham que o brasileiro tem direito a ter um mandatário do qual não tenha de se envergonhar por causa de uma temporada na cadeia, de uma fala preconceituosa ou do apoio prestado a um ditador.

Desse grupo, fazem parte pessoas que não estão nos extremos ou polos que viraram instrumento de análise da divisão a que o lulismo e o bolsonarismo submeteram a sociedade, ambos em busca do poder pelo poder. Mas quem tem legitimidade para falar para este público?

Sempre lembro os desinformados que votaram em Lula ou Bolsonaro por “falta de opção” de que tínhamos nada mais nada menos que 12 opções em 2022. “Ah, mas veja que tipo de opção”, refutam.

Bom, de fato, não são exatamente modelos de eficiência e gestão a serem seguidos pela nação toda, mas a postura de Lula e Bolsonaro passam longe da unanimidade. Um lulista elenca mil e um defeitos em Bolsonaro e vice-versa. O mais impressionante é que, tirando alguns exageros, quase sempre os dois lados têm razão. Quer dizer, não eram os melhores candidatos, mesmo não sendo os outros tudo aquilo que o país precisa.

Ademais, foco na biografia. Que candidatos tinham ficha de fato limpa, com um histórico de serviços prestados ao País? Acredite, eles existiram em 2022.

O artigo lembra que uma oposição democrática aos populismos, no governo ou fora dele, já existe no Brasil. Ela ainda é pequena e está dispersa, mas não crescerá por mágica nas eleições deste ano ou nas próximas. São pessoas que precisam, primeiramente, de abertura em um meio político contaminado pela corrupção e troca de favores. Porém, isso não vai acontecer porque eles vão contra, justamente, os interesses dessa classe. Resta que a população, pessoas comuns, mas que formam uma grande massa, lutem por essas pessoas. Para tanto, primeiro é preciso identificá-los, e não será nas redes sociais que vamos conhecê-las. Uma boa pesquisa no histórico do candidato é o primeiro passo. Ler seu plano de governo, entender suas ideias, cobrar posicionamentos e coerência. É dessa forma que vamos encontrar o nosso candidato. Não que seja ideal, mas que seja o menos pior e que, acima de tudo, tire o país dessa tóxica polarização em que a desgraça de um é a alegria do outro. Como se não estivéssemos no mesmo barco.

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