Planos de anúncio a partir de R$ 100. Clique aqui e converse com a gente

sexta-feira, 7

de

fevereiro

de

2025

ACESSE NO 

Planos de anúncio a partir de R$ 100. Clique aqui e converse com a gente

Quanto custa uma eleição? Seja quanto for, você é quem paga

Últimas Notícias

Fim do financiamento de campanhas por empresas criou um monstro devorador de dinheiro público

- Ads -
- Ads -

COLUNA DE DOMINGO Quanto custa uma eleição? Só pra ficarmos no ambiente doméstico, a de Juliana Maciel Hoppe (PL), vitoriosa em Canoinhas, custou R$ 816,6 mil. Deste valor, R$ 795,6 mil saíram dos fundos do PL e do União Brasil, partido da candidata a vice, Zenilda Lemos, dos seus respectivos fundos eleitorais. A de Paulo Basilio (MDB), segundo colocado, arrecadou R$ 265,2 mil e gastou R$ 166,7 mil. R$ 200 mil vieram do partido.

Embora sejam valores robustos, nem fazem cócegas perto dos R$ 5 bilhões de dinheiro público aprovados pelo Congresso Nacional para financiar campanhas somente neste ano. A este valor se soma o fundo partidário, este liberado todos os anos, para manter os partidos. Trata-se de uma excrescência, criada no Brasil para evitar caixa 2 de campanha formado por doações de empresas que, depois da eleição, procuram os eleitos para cobrar o investimento. Ora, com a permissão de doações particulares, empresários podem seguir doando e não há nada que impeça o caixa 2, desde sempre um crime eleitoral, capaz de ter levado até mesmo o atual presidente da República, Lula (PT), para a cadeia, entre outros fatores.

Até mesmo a ministra Cármen Lúcia, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, manifestou preocupação com o tema, e a Polícia Federal corroborou as suspeitas com evidências materiais. Neste ano, segundo o órgão, foram apreendidos R$ 50,4 milhões relacionados a crimes eleitorais, dos quais R$ 21,8 milhões em espécie. A cifra representa um salto sem precedentes em relação ao último pleito municipal, quando os valores ficaram em R$ 6 milhões (R$ 1,5 milhão em dinheiro vivo), e mesmo na comparação com a disputa geral de 2022, com o confisco de R$ 10 milhões (sendo R$ 5,5 milhões em espécie).

Não há nada que defenda o financiamento público, a não ser a vontade de um grupo que dele se beneficia. É óbvio que deputados e senadores aprovaram a criação dos fundos e, ano após ano, engordam esses fundos, porque são os que mais usufruem deles. Com deputados, senadores e prefeitos como presidentes das siglas partidárias, que têm total autonomia para manobrar esses recursos, fica claro porque o assunto é unanimidade em Brasília. O povo, do bolso do qual sai esse dinheiro, que se exploda.

É evidente que o dinheiro faz a diferença em uma campanha, mas começa na arrecadação de doações a prova de que candidatos têm um mínimo de confiança para administrar uma cidade. Que se proíbam as doações de empresas e se libere sem limites as doações de pessoas físicas, dando ampla divulgação. É como acontece nos Estados Unidos.

Se continuar o caixa 2, novidade nenhuma, ele continua existindo mesmo com os brasileiros desembolsando bilhões por ano para sustentar campanhas.

- Ads -