Jair Bolsonaro pautou várias questões
O governador Carlos Moisés, que busca a reeleição pelo Republicanos, protagonizou, ao lado de Jorginho Mello (PL), o primeiro debate entre os candidatos a governador do Estado de Santa Catarina. O evento foi organizado e transmitido pelo SCC, retransmissora do SBT em Santa Catarina neste sábado, 6.
Participaram do debate todos os candidatos homologados em convenção por seus respectivos partidos.
Em um dos momentos mais tensos do debate, Mello fez uma defesa enfática do presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele foi o mais agressivo e teve como principal alvo Moisés, questionando ele sobre o que chamou de “traição” ao presidente. “O governador fica falando que tá sobrando dinheiro e o povo tá abandonado”, afirmou. Moisés por sua vez não atacou e buscou apresentar resultados, com dados positivos do seu governo. Ao responder Mello admitiu que foi eleito pela ajuda do presidente, especialmente pelo mote “mais Brasil, menos Brasília”, mas que “acho que o senhor não entendeu o que é ser governador, não alcançou o conhecimento para este cargo. Vou ser governador para 7 milhões, não posso governar para quem gosta de um ou de outro”, fazendo referência a cobrança que os bolsonaristas fazem a sua pretensa fidelidade a Bolsonaro.
Mello elegeu Gean Loureiro (União Brasil) como seu segundo alvo. Falando sobre o lockdown durante a pandemia de covid, afirmou que Gean desempregou muita gente com esta atitude como prefeito da Capital. “Foi a Cancun enquanto o povo ia morar na rua”, afirmou. Gean não respondeu à provocação e adotou uma postura bastante hesitosa, evitando conflito e defendendo sua gestão como prefeito de Florianópolis por duas vezes.
Décio Lima (PT) e Odair Tramontin (Novo) protagonizaram outro embate. “O Brasil foi submetido a uma guerra cuja primeira vítima foi a verdade”, disse Lima em referência à Lula e à Lava-Jato. “Me preocupa um governador ter bandido de estimação. A Lava-Jato foi combatida no tapetão”, rebateu Tramontin, promotor que já chefiou o Gaeco.
Outro tema que exortou Bolsonaro foi a contribuição do governo Moisés com obras em rodovias federais. “Colaborar com rodovias federais é coisa antiga. Investimos em rodovias federais há muito tempo. O governador fez bem em aportar esses recursos (estaduais)”, disse Esperidião Amin (Progressistas) declarando voto em Bolsonaro e dando a entender que pode se aliar a Moisés em um possível segundo turno.
Ainda participou do debate o candidato pelo PDT, Jorge Boeira.
