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Parque da Cidade é boa notícia, mas e a estação de Marcílio Dias?

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Ainda não se anunciou um plano para urbanizar o entorno da Estação restaurada

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COLUNA DE DOMINGO “Eu tenho um sonho”. A frase do líder Martin Luther King é usada desde o primeiro ano do primeiro mandato do prefeito Beto Passos (PSD) ao se referir ao Parque da Cidade. Uma de suas primeiras ações foi levar um grupo de engenheiros até a área em frente à Rádio Clube para retomar o projeto da década de 1950, depois tratado timidamente por Leoberto Weinert (MDB). Obstinado, Passos assumiu como uma de suas marcas de governo colocar o projeto em prática.

Foi com esse espírito que ele lançou a pedra fundamental do Parque na semana passada. Embalado pela ideia de uma ação por dia para comemorar os 110 anos de Canoinhas, encerrou as festividades com o ato. De concreto, contudo, apenas o fim da longa batalha judicial para reaver a área que estava com a Universidade do Contestado (UNC). Não foram anunciadas verbas nem data para início das obras. Com recursos próprios não dá.

A ideia do Parque é ótima e se se concretizar trará infinitos benefícios para a cidade, mas seu alto custo sem perspectivas de recursos robustos de imediato a tornam hoje apenas um sonho.

Falando em lazer e turismo, temos algo bem mais palpável. Restaurado com recursos do Governo Federal, a Estação Ferroviária de Marcílio Dias está pronta e entregue ao Município para explorar o local como bem entender. É um belo presente em uma privilegiada área verde que, olha só, não alaga. O ex-deputado Antonio Aguiar cobrou, durante a inauguração da obra, ao menos o paisagismo no entorno. Passos falou sobre tudo em seu discurso, mas não respondeu ao pedido do médico filho de ferroviário. Submeteu o público a um longo discurso em que bateu na oposição e se autoelogiou, falando muito mais sobre o Parque da Cidade do que sobre a Estação. Problema nenhum em o prefeito priorizar o Parque, mas definir como se dará o uso da Estação e, principalmente, investir para que isso aconteça, é primordial para dar vida ao local, sob o risco de voltar ao que era há décadas: um cemitério de boas lembranças de um passado promissor.

Passos não deve abandonar o sonho do Parque da Cidade, mas não pode ignorar a Estação. Os três prédios podem ser complementados com um belo cenário natural, formado por quiosques no caminho à ponte que liga Canoinhas a Três Barras. Seria um belo passeio para as famílias, local mais que adequado para caminhadas, ciclismo e ecoturismo. Isso demandaria pouco investimento considerando que o mais caro já está pago pelo Governo Federal. Não pode estar aí o problema.

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