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O preço caro que o PSDB catarinense está arriscando pagar

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Os prefeitos não trocaram o certo pelo incerto

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A política de Santa Catarina viveu nos últimos dias algumas decisões importantes e que com certeza irão impactar diretamente no pleito eleitoral de 2022. As pré-candidaturas a chefia do poder estadual foram desenhadas, nomes conhecidos dos catarinenses como Décio Lima (PT) e Esperidião Amim (Progressistas) retornam mais uma vez a disputa pela Casa D’Agronômica. De um outro lado encontram-se nomes novos nesse páreo que sempre reserva algumas surpresas.

E a grande surpresa até o momento da escrita dessa coluna foi construída na relação entre o atual governador Carlos Moisés (Republicanos), que busca a reeleição, e os partidos MDB e PSDB, que sempre mostraram grandiosidade na política estadual.

O primeiro, que na última eleição lançou ao cargo de governador o ex-deputado Mauro Mariani, que vinha como principal concorrente e nos 45 do segundo tempo ficou de fora do segundo turno, entendeu que perdeu a sua outrora grandiosidade na política local e aceitou abraçar a campanha de Moisés a reeleição. Depois de muita conversa lançou-se assim a chapa de pré-candidatos Moisés – Döhler.

É claro que não podemos esquecer que a própria escolha e aceitação de Döhler como vice de Moisés não foi construída de forma simples. Para muitos caciques emedebistas, o partido precisa voltar a ser grande como antes. Vide a lembrança dos tempos áureos de Luís Henrique da Silveira.

É claro que alguns rachas irão existir no meio dessas escolhas, um partido que um dia governou um estado do porte de Santa Catarina, retornar hoje apenas como vice, já que a atual situação de Daniela Reinehr no cargo é complexa.

Agora nos últimos dias tudo ficou mais difícil quando o assunto foi o PSDB. O ninho tucano catarinense ensaiou durante alguns dias uma possível presença na chapa de Moisés e Döhler. Havia uma certa expectativa que a união pudesse ser formalizada e assim criada uma boa frente partidária.

Porém, como estamos falando da política catarinense e do PSDB, que nos últimos tempos anda tornando-se um partido sem rumo, tivemos uma reviravolta nos acréscimos da partida.

Em convenção, a direção tucana desembarcou da plataforma de Moisés na busca pela reeleição e embarcou na candidatura de Amin na tentativa de voltar ao governo do Estado.

Até aí pode parecer tudo bem, muitos podem dizer que isso é apenas um movimento político natural, ainda mais em se tratando da política catarinense. Mas aqui eu peço a você que faça um retrospecto comigo até o dia 25 de maio de 2022.

Nessa data estiveram presentes em um almoço na residência oficial do governo catarinense os prefeitos filiados ao PSDB, os quais em público afirmaram total apoio a busca pela reeleição de Carlos Moisés. Entre eles estava Eliseu Mibach, que um dia já foi emedebista e hoje é um dos principais nomes tucanos do Estado, comandando o município de Porto União.

Passados alguns meses, agora durante a visita de Moisés ao município do planalto norte, Mibach deixou claro, e até de forma enfática, que seguirá o que foi dito lá atrás e dará amplo apoio ao projeto de reeleição do atual governador, trabalhando inclusive como um “buscador de votos” na região norte.

Esse, é claro, é apenas um exemplo entre tantos outros prefeitos tucanos espalhados por todo o Estado, que devem seguir o mesmo rumo que Mibach.

Agora surgem algumas questões no horizonte, a primeira é a mais fácil de responder. O porquê de os prefeitos declararem apoio ao pré-candidato do Republicanos? Simplesmente porque entenderam que em time que está ganhando não se mexe. Para perceber isso não é necessário sair do redutos de Porto União, o município que até alguns anos atrás era considerado o final do Estado, renegado pelas políticas públicas, mas que nos próximos anos receberá um dos maiores investimentos da região, uma nova rodovia estadual que ligará as BRs 280 e 153.

O segundo ponto a ser respondido, e esse com um pouco mais de dificuldade, é o que será do PSDB catarinense nessas próximas eleições? Os prefeitos não trocaram o certo pelo incerto. Esse racha construído entre a chefia tucana e os seus eleitores poderá ser observado nas urnas em outubro, e refletirá o que foi vivido em 2018.

Para encerrar, o partido que queria ter protagonismo em 2022, corre o risco de tornar-se o reflexo daquilo que é vivido a nível nacional, onde muita gente nem sabe onde o ninho tucano está.

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