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O fanatismo religioso e o horror

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Missa da Meia-Noite mostra o que a monotonia pode produzir

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FANATISMO E HORROR

Imagine o cansaço da velhice pesando sobre seus ombros. Uma tempestade no deserto. Uma caverna para se abrigar. Um ser de asas grotescas que te toca e te causa uma súbita paz.

Ser de asas grotescas, oi?

Essa é a premissa de Missa da Meia-Noite, minissérie dos mesmos produtores de A Maldição da Residência Hill e A Maldição da Mansão Bly, que acaba de estrear na Netflix.

A minissérie não tem a mesma força das outras duas citadas, mas é boa. Tem sua maior força na crítica ao fanatismo religioso.

Uma ilha com apenas 127 habitantes em um ponto perdido dos Estados Unidos leva uma vida pra lá de monótona, cuja igreja católica converge boa parte dos moradores aos domingos cedo. O padre da paróquia foi premiado pelos fiéis com uma viagem à Israel. Na terra santa teria passado mal e teria sido hospitalizado no continente. Cabe a um jovem padre tocar o rebanho até seu restabelecimento.

Há algo podre no ar e não é o cheiro de peixe, principal atividade econômica da ilha. À medida que o padre vai interagindo com a comunidade, o poder da igreja vai aumentando e um suposto milagre desperta a atenção dos mais céticos.

Paro por aqui para não revelar as surpresas do roteiro. É por elas que vale a pena acompanhar as nauseantes declarações da beata Bev Keane enquanto o pior está prestes a acontecer.

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