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‘Não se morre de outras doenças, só de covid’. Saiba quanto outros males matam

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Com mais de 100 mil óbitos neste ano por covid-19, número corresponde a 28% do total em 2021

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Em decorrência da pandemia provocada pela covid-19, o Brasil já registrou a morte de mais de 300 mil pessoas, provocadas pela doença. Esse fator transformou 2020 no ano mais mortal da história do país de acordo com os registros dos cartórios. O número de óbitos é o mais alto desde quando teve início a série histórica das Estatísticas Vitais de óbitos do Registro Civil, em 1999. Em Canoinhas, por exemplo, houve 24 mortes a mais que em 2019. Foram 406 óbitos registrados em 2020 ante 382 em 2019. Do total de mortos em 2020 em Canoinhas, 26 morreram com covid. Foi a maior causa de mortes dentro do Hospital Santa Cruz de Canoinhas.

 

 

 

A totalização dos óbitos de todo o país realizada pelos cartórios registrou que o Brasil teve 1.443.405 milhão de mortes em 2020. O número é 8,3% superior ao ano anterior. A última média histórica de variação anual de mortes no país era de 1,9%, registrada em 2019.

 

 

 

O aumento na média anual pode ser conferido no Portal da Transparência, uma plataforma atualizada pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil).

 

 

 

 

“O Portal da Transparência, abastecido diariamente por informações de nascimentos, casamentos e óbitos de Cartórios de todo o País, tem sido um canal de muita importância para que governos, médicos, pesquisadores e a sociedade em geral possam acompanhar em tempo real as informações sobre os dados vitais da população, ainda mais em um momento de intensa crise de saúde pública como a que vivemos atualmente”, explica Luis Carlos Vendramin Júnior, vice-presidente da Arpen-Brasil.

 

 

 

 

 

Aumento das doenças respiratórias

Em 2020, por causa da pandemia, foi registrado um aumento das mortes provocadas por doenças respiratórias. 34,9% na comparação entre os anos, passando de 442.266 para 596.678.

 

 

 

 

A Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) apresentou aumento de 998,4%, seguida pelas de Causas Indeterminadas, que registraram aumento de 33,4%.

 

 

 

 

 

Doenças cardíacas

Os óbitos provocados por doenças cardíacas, muitas vezes ocasionados por complicações provocadas pela covid-19, apontou aumento de 5,1% com relação a 2019, passando de 270.203 para 284.117.

 

 

 

Causas Cardiovasculares Inespecíficas aumentaram em 28,8% entre os anos, sendo que o aumento dos óbitos em domicílio é uma das explicações para o diagnóstico inespecífico das mortes causadas por doenças do coração.

 

 

 

 

 

Mortes em Casa

Por causa do isolamento social e do receio das pessoas em frequentarem hospitais ou mesmo realizarem tratamentos de rotina durante a pandemia, bem como a falta de leitos no Brasil por causa da superlotação provocada pela covid-19, fez com que o número de mortes em domicílio aumentasse em 22,2%, relacionando 2019 e 2020.

 

 

 

 

 

 

Maior causa de 2021

A Arpen-Brasil divulgou que covid-19 segue sendo a maior causa de mortes no Brasil em 2021. E mais agressiva do que em 2020. Com mais de 100 mil óbitos somente neste ano, o número corresponde a 28% do total das mortes no ano.

 

 

 

Dados de anos anteriores do Departamento de informática do Sistema Único de Saúde (Datasus)) mostram que, com 301.087 mortes em um ano, a doença seria a principal causa de óbitos no país, quando comparada com a média anual de óbitos por outros motivos.

 

 

 

 

Somadas, as doenças respiratórias, como a síndrome respiratória e as pneumonias, representam 15% das mortes deste ano, de acordo com os dados da Arpen, enquanto infarto e doenças do coração corresponderam a 12% do total, e AVC e doenças indeterminadas 7%.

 

CNN Brasil/Reprodução

Todas as demais causas de morte – desde as naturais, como diabetes e câncer, até as não naturais, como acidentes de trânsito e homicídios – somadas representaram 29% do total.

 

 

 

Ao comparar os períodos entre 1º de janeiro a 18 de março de 2019, 2020 e 2021, observa-se um aumento no número total de mortes. Em 2019, foram 234 mil óbitos no período; 245 mil em 2020 e, neste ano, 306 mil. O aumento em mais de 60 mil óbitos em relação ao mesmo período do ano passado é puxado pelas mortes causadas pela Covid-19, que, segundo a Arpen, já tirou a vida de 93 mil brasileiros no período analisado.

 

 

 

 

Com 272 mil mortes entre 12 de março de 2020 e 11 de março deste ano, a covid-19, de forma isolada, supera em quase três vezes a média de mortes por infarto no miocárdio, maior causa de óbitos no país antes da pandemia, que teve média anual de 93 mil mortes entre 2015 e 2019, de acordo com dados de mortalidade do Datasus.

 

 

 

 

A doença também superou em três e quatro vezes os óbitos por pneumonia e diabetes, respectivamente, que tiveram médias de 80 e 63 mil mortes por ano no período. Ela supera ainda a média anual de 222 mil mortes por câncer em geral.

 

 

Comparando-se com os três tipos de câncer que mais matam, a doença matou quase 10 vezes mais do que o de pulmão, que teve média de 28 mil mortes anuais, e 15 vezes mais do que o câncer de cólon e o de mama, que tiveram médias de 18 mil e 17 mil mortes anuais.

 

 

 

 

Em relação à dengue o número é ainda maior, mais de 400 vezes mais do que a doença, que matou 627 por ano entre 2015 e 2019.

 

 

 

 

A covid-19 também matou quase cinco vezes mais do que a média de mortes por homicídios (58 mil/ano) no período, sete vezes mais do que os acidentes de transporte (36 mil/ano) e 23 vezes mais do que a média de suicídios (12 mil/ano).

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