Seu corpo está sendo velado na comunidade do São Francisco, no Campo d’Água Verde
Morreu na madrugada desta quarta-feira, 23, Ernestina de Lima Gonçalves, 76 anos, uma das fundadoras da Associação dos Pacientes Oncológicos de Canoinhas e Região (Apoca). Ela estava internada desde sexta-feira, 18, no Hospital Santa Cruz de Canoinhas. A causa da morte ainda não foi divulgada.
Seu corpo começou a ser velado às 9 horas na comunidade do São Francisco, no Campo d’Água Verde. O sepultamento está marcado para às 15 horas no Cemitério Municipal Jardim das Hortênsias, de Canoinhas.
Ernestina era a única das quatro fundadoras da Apoca ainda viva. A história da instituição começou com Ernestina e Marciana Salai que, mesmo enfrentando aquela que seria a maior batalha de sua vida, deu início ao projeto de formar um grupo de apoio à portadores de câncer em Canoinhas. Marciana e Ernestina convidaram para se unir à luta o pastor Wolfgang Richter e Jair Corte, que também lutavam contra o câncer.
O grupo foi convidado a fazer parte da Rede Feminina de Combate ao Câncer de Canoinhas, participando dos encontros e reuniões. A rede faz um elogiado trabalho em prol da prevenção, e os quatro amigos notaram que algo precisava ser feito para ajudar quem já estava enfrentando a doença. Com essa ideia em mente, após terem participado desta instituição por um ano, o grupo decidiu que deveria buscar outro local para os encontros, a Sede da Igreja Luterana.
Reuniam-se então, com o sonho de fundar uma Associação que viesse para amenizar as angústias e dificuldades da pessoa portadora de câncer.
Sonho este que, no dia 22 de abril de 1998, tornou-se realidade. Nascia a Apoca.
O número de associados foi aumentando gradativamente. Sentiu-se então a necessidade de um local próprio. Para isso, deu-se um passo importante, o grupo alugou uma sala comercial, atendendo todas as tardes.
Neste local, a Associação elaborou seu Estatuto como uma Organização Não Governamental e sem fins lucrativos. Formou-se então a primeira diretoria formada pelos quatro fundadores.
Como o espaço era amplo e o número de pacientes cadastrados vinha aumentando a Apoca passou a promover eventos como bingos e rifas, contando com a participação dos próprios pacientes de câncer e voluntários, que vendiam as rifas e arrecadavam brindes para os bingos. Assim sobrevivia a Associação. Na mesma proporção que pacientes novos entravam para a associação, crescia também o número de pessoas que se propunham a ajudar como voluntários.
O valor do aluguel estava se tornando inviável para a instituição, chegou a hora da mudança, e a sede então, se estabeleceu no espaço ocupado pela extinta (em Canoinhas) Cruz Vermelha.
No ano de 1999, a Associação passou a contar com uma assistente social voluntária. De início Jane passou a se dispor em doar o seu trabalho uma tarde por semana. Porém, as necessidades de atendimento cresceram exponencialmente e mais voluntários vieram.
Também neste ano se deu a primeira aquisição da Apoca, um Uno Mille que ajudava no deslocamento das voluntárias para visitar os pacientes.
Em agosto de 2001 a Apoca foi avisada que deveria deixar o prédio da Cruz Vermelha, porque o espaço seria vendido. Foi quando com ajuda de várias pessoas foi possível comprar uma sede própria. Em setembro de 2001 a estrutura ocupada até hoje pela Apoca foi inaugurada.
Em 23 de fevereiro de 2007 foi convocada a primeira Assembleia Geral Ordinária, desde que a Apoca foi fundada. Data histórica para a entidade e seus associados que puderam eleger a primeira diretoria por assembleia, aprovar alteração do estatuto e do regimento interno.
Dos quatro fundadores, o pastor Wolfgang faleceu logo após a fundação da Associação. Jair Corte pouco depois. Marciana, que presidiu a instituição desde a morte de Wolfgang, faleceu em 2007. Ernestina presidia a Apoca desde então.
- Com informações do site https://www.apoca.org.br/memoria-apoca
