Desnorteado, ex-prefeito de Jaraguá do Sul fala em unir o partido
REJEITADO
“Faltou combinar com os russos”. A famosa frase atribuída a Garrincha caberia bem ao MDB estadual. O governador Carlos Moisés (Republicanos) rejeitou o ex-prefeito de Jaraguá do Sul, Antidio Lunelli (MDB), como seu candidato a vice na luta pela reeleição. A informação é do colunista da NSC Total, Anderson Silva.
Moisés se ofendeu com o que a coluna já havia apontado aqui: enquanto o MDB negociava apoio ao governador, Lunelli aparecia na TV criticando o governo, afirmando que enquanto o governo enchia os cofres, o povo catarinense passava fome.
Não foi só isso. Alguns fantasmas do passado ameaçavam sair do armário de Lunelli e Moisés, esperto que só, tratou de tirar a mão dessa cumbuca.
Silva diz que Moisés quer escolher o próprio vice entre os emedebistas, e Antídio já não fazia parte da lista, mas há quem duvide que o próprio MDB siga na chapa depois dessa humilhação pública.
Como a coluna vem apontando há tempos, é realmente dramática a situação do maior partido catarinense, berço de Luiz Henrique da Silveira e decisivo em momentos importantes da história política do Estado sendo feito gato e sapato de um neófito como Moisés.
Lunelli esboçou algo sobre unir o partido. Em texto divulgado por sua assessoria de imprensa, o ex-prefeito diz que “Eu fiz o que podia para tentar unificar o partido. Mas não foi suficiente. Entendo que nada mais justo que agora a gente ouvir as nossas bases que estavam bastante incomodadas com essa possível aliança. Vou trabalhar para colocar em prática o modelo de gestão pública que considero ideal, com mais gestão, transparência, eficiência, planejamento e entrega”. Texto tão melancólico quanto um posfácio.
NOTA
O MDB estadual se pronunciou sobre o assunto. Leia a íntegra da nota:
“O empresário Antídio Lunelli anunciou em reunião da executiva estadual do MDB, que aconteceu nesta segunda-feira em Florianópolis, que manterá seu nome como pré-candidato do partido ao governo do Estado. Sendo assim, a definição do MDB sobre candidatura própria ou aliança ficará para o fim de julho, começo de agosto.
Na semana passada, Lunelli havia feito um gesto em busca da unidade da sigla, dizendo que abriria mão da disputa. Na oportunidade, ele foi indicado pelo partido como vice de Carlos Moisés. Entretanto, o governador sinalizou que gostaria de escolher o companheiro de chapa e chegou a oferecer uma secretaria ao jaraguaense em caso de vitória nas urnas. As críticas que Lunelli fez a sua gestão, inclusive na propaganda partidária de rádio e televisão, incomodaram o governador.
O presidente do MDB, Celso Maldaner, e os próprios deputados estaduais já haviam afirmado que a indicação caberia ao partido e não ao governador. “Eu fiz o que podia para tentar unificar o partido. Mas não foi suficiente. Entendo que nada mais justo que agora a gente ouvir as nossas bases que estavam bastante incomodadas com essa possível aliança. Vou trabalhar para colocar em prática o modelo de gestão pública que considero ideal, com mais gestão, transparência, eficiência, planejamento e entrega”, disse Lunelli ao fim da reunião.”
SEM CONSULTA
O Município de Canoinhas passou por cima do Conselho do Plano Diretor e suspendeu uma lei do Plano Diretor relativa ao Estudo de Impacto de Vizinhança. A explicação do Município é que há dispositivos da lei que precisam ser revistos. Contudo, esse tipo de suspensão não poderia ocorrer sem consulta ao Conselho.
REPRESENTAÇÃO
O deputado Bruno Souza (NOVO) entrou com Representação, no Tribunal de Contas do Estado (TCE) e no Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), solicitando a instauração de inquérito civil para apurar publicidade institucional irregular realizada pelo Governo de Santa Catarina, o que pode caracterizar improbidade administrativa.
Há alguns meses, o Governo instalou uma série de placas publicitárias em rodovias estaduais que passaram por reforma recentemente, como, por exemplo, na cabeceira continental da Ponte Hercílio Luz e na SC-401, ambas na Capital. No entanto, os materiais não têm caráter educativo, informativo ou de orientação social, como exige a legislação, mas têm somente finalidade de autopromoção da gestão atual, o que é proibido por lei, especialmente, em ano eleitoral.
PRAZO
Nesta quinta-feira, 30, radialistas ou apresentadores de programa de TV que pretendam disputar as eleições deste ano precisam sair do ar. Em Canoinhas e região não há notícias sobre radialistas que pretendam se candidatar.
MUDANÇA
O fato de o atual prédio da Câmara de Vereadores de Mafra (antiga prefeitura) estar em precárias condições, o que foi atestado por laudo técnico, levou os vereadores e buscarem um novo endereço. Eles devem se mudar para um prédio recém-construído no Alto de Mafra.
PARQUE DE INOVAÇÃO
O Município de Bela Vista do Toldo vai desembolsar R$ 500 mil para compra de um terreno visando a construção de um Parque de Inovação no Tira Fogo. A área pertence aos herdeiros de Pedro Tyszka, que já foi prefeito da cidade.
SEM CONSTRANGIMENTO
Jorge Seif Jr, pré-candidato a Senado pelo PL de Santa Catarina, explicou que o empurrão do presidente Bolsonaro, em Balneário Camboriú, no sábado, 25, teve uma razão que passa longe da má vontade. Ocorre que Bolsonaro não queria dar motivos aos inimigos para entrarem com representação contra ele por propaganda antecipada, o que ficaria ainda mais claro com Seif segurando sua mão. Jorginho Melo, pré-candidato ao governo, também não recebeu manifestação pública de apoio do presidente.
Seif deve passar por Canoinhas na quinta-feira, 30.
PETARDO
O pré-candidato ao Governo do Estado pelo PSB, senador Dário Berger, criticou o tratamento do governo federal com Santa Catarina após a 13ª visita do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao estado apenas para participar de eventos sem anunciar obras ou ações.
“Qual é o retorno que Santa Catarina e os catarinenses têm do governo federal nessas dezenas de visitas que o presidente fez ao estado nos últimos três anos e meio”, indagou o senador em uma rede social. “Qual a grande obra inaugurada? Qual a política pública anunciada?”, emendou.
Para ele, Santa Catarina e os catarinenses esperam mais respeito e reciprocidade de Brasília. “Somos a sexta maior economia do país e aqui o presidente fez 70% dos votos. Merecemos mais atenção e não apenas visitas para fazer política. Na CMO, viabilizamos em 2018 mais de R$ 530 milhões para as nossas rodovias, mas o poder executivo não inaugurou um trecho de asfalto até agora”, completou o senador.
ACELERADO
A equipe do governador Carlos Moisés da Silva (Republicanos) preparou uma programação intensa até o dia 2 de julho. A ideia é que Moisés faça “entregas” e repasses pessoalmente em várias regiões do Estado em ritmo acelerado por conta do limite eleitoral. A explicação é simples: a partir do dia 2, faltam três meses para a eleição e ficam proibidos novos convênios e repasses aos municípios. Por isso, então, a pressa nas viagens.
A grande questão é: o que ele deve entregar em Canoinhas na visita programada para quarta-feira, 29?
