Vítima teria furtado por pelo menos cinco vezes na casa do réu
O Tribunal do Júri da comarca de Canoinhas inocentou nesta sexta-feira, 12, Edson Ferreira Nunes. Ele era acusado de tentar matar, há exatos sete anos, o desafeto Willian Bueno.
Segundo a denúncia do Ministério Público, durante a madrugada, a vítima Willian Bueno estava em frente à sua casa, localizada na rua João Maria Borges, no distrito do São Cristóvão, em Três Barras, quando Nunes, portando uma arma de fogo que possuía ilegalmente, saiu de trás de uma árvore e, com a arma em punho, efetuou um disparo em direção ao peito do ofendido, causando-lhe escoriação na face posterior e terço médio do antebraço direito. “Todavia, o denunciado somente não atingiu seu intento homicida por motivos alheios a sua vontade, notadamente porque as lesões causadas pelos disparos não foram suficientes para provocar a morte da vítima”, alegou o Ministério Público.
Nunes teria confessado o crime, alegando que, no dia da tentativa de homicídio, a vítima havia furtado uma roçadeira e diversos outros objetos da sua casa, sendo a quinta vez que Bueno furtava de sua casa e, nervoso, armou-se com um revólver calibre .38 e saiu para caminhar, encontrando Bueno na rua com um botijão de gás, momento em que efetuou o disparo de arma de fogo e foi para a sua casa, deixando a arma no gramado.
Em depoimento, Bueno confessou que furtou da casa de Nunes, mas apenas uma vez, motivo pelo qual cumpriu serviço comunitário.
Atuou na defesa de Nunes, o advogado Alisson de Camargo. A Promotoria foi representada por Ana Carolina Ceriotti e o júri foi presidido pelo juiz criminal Eduardo Veiga.
