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março

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Governistas derrubam projeto que proíbe soltar fogos com estampido em Canoinhas

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Polêmico, projeto oposicionista havia sido aprovado por unanimidade em primeira votação 

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A Câmara de Vereadores de Canoinhas rejeitou em segunda votação, na noite desta terça-feira, 20, o projeto de lei de autoria dos quatro vereadores de oposição que proíbe  a utilização de qualquer tipo de fogos de artifício e artefatos pirotécnicos de alto impacto com efeito de tiro em Canoinhas. Tatiane Carvalho (MDB), Juliana Maciel (PSDB), Marcos Hommer (Podemos) e Zenilda Lemos (MDB) votaram a favor do projeto, aprovado por unanimidade em primeira votação. Já os governistas – Osmar Oleskovicz (PSD), Wilmar Sudoski (PSD), Maurício Zimermamm (PL), Willian Godoy (PSD) e Silmara Gontarek (PL) – mudaram o voto e votaram contra o projeto, que agora será arquivado.

 

 

 

 

Como as regras do decreto estadual de combate à pandemia que proíbem público presencial em eventos e afins está em vigor, apoiadores do projeto tiveram seus nomes impressos nos 180 assentos do plenário da Câmara. Os nomes foram tirados de uma petição pública com mais de 900 assinaturas.

 

 

 

 

 

Vereadora Tatiane Carvalho (MDB) usou a tribuna apresentando o vídeo veiculado nas redes sociais de pessoas dando depoimentos sobre o quanto sofrem com barulho de fogos de artifício com estampido. Veja o vídeo abaixo:

 

 

 

 

Uma especialista apresentou dados, também em vídeo, sobre os danos que o barulho dos foguetes podem causar. Também por vídeo uma médica ressaltou os danos que, destacou ela, podem se voltar contra a própria pessoa que estoura o foguete. São inúmeros os relatos de pessoas que se feriram por mau manuseio dos fogos.

 

 

 

Tatiane apresentou, ainda, um abaixo assinado a favor do projeto com mais de 900 assinaturas e citou enquete feita pelo JMais no Instagram que aponta 87% de apoio ao projeto. “Não tem porque não aprovarmos este projeto, se é para o bem das pessoas”, concluiu.

 

 

 

Juliana Maciel (PSDB) destacou que ninguém ficará impedido de vender fogos de artifício em Canoinhas. “Aqueles fogos bonitos, brilhantes, que a gente vê no ano novo, não são proibidos pelo projeto de lei. Às vezes a mídia faz o desfavor de explicar as coisas erradas a população. A venda de fogos não está sendo proibida e nossa proposta é uma substituição, por fogos sem estampido. É cruel que a gente podendo mudar a vida de pessoas que sofrem com isso, não o façamos. Não precisa deixar de estourar os fogos, a questão é deixar de causar sofrimento aos outros. Ajudem essas pessoas. A proposta é fazer o bem, só isso. Não podemos admitir sofrimento se podemos evitar”, disse destacando as manifestações populares a favor do projeto. Fora da Câmara, um grupo de cerca de 30 pessoas se manifestavam a favor do projeto.

 

 

 

 

Zenilda Lemos (MDB) definiu a questão com uma palavra: “Compaixão, que significa sentir a dor do outro. O que significa isso? Uma mãe, no dia 31 de dezembro, depois de uma crise do filho autista, abraça ele e chora. Já presenciei essa cena”.

 

 

 

Marcos Homer (Podemos) se disse chateado por ele e as colegas Tatiane e Juliana terem sido barrados em uma emissora de rádio local para defender o projeto. “Vamos tomar as providências. Hoje podemos nos achar em uma posição superior, mas amanhã podemos estar em uma posição inferior”, afirmou.

 

 

 

 

 

Osmar Oleskovicz (PSD) disse que “há situações que nos fazem refletir e voltar para a estrada, conversar com quem nos apoiou. Vivemos em um município com heterogeneidade de ideias e nós aqui também pensamos diferente.” Ele afirmou que quando o projeto foi pautado, não havia ocorrido a discussão necessária e, por isso, o projeto foi aprovado em primeira votação. “Conversei com minha base e entendo que os argumentos dos autores do projeto são bons, mas escutamos os argumentos do comércio, daqueles que falam do direito, as que são totalmente contra e respeitamos todos eles.”

 

 

 

 

Mauricio Zimmermann (PL) elogiou a iniciativa, mas disse que o projeto lhe causa dúvidas e desconforto. “Entendo que devemos trabalhar na conscientização. Estamos proibindo o uso, mas mantemos a comercialização. Não sinto segurança no projeto quando fala no efeito tiro ou alto impacto”. Ele também questionou quem procederia a fiscalização. Tatiane esclareceu que os vereadores não podem propor projetos que proíbam a venda de qualquer produto pelo comércio. “Sobre conscientização existem inúmeras campanhas e não resolvem. Leis como essa nossa iniciaram uma diminuição no uso dos fogos e conversamos muito com a Polícia Militar. A ideia é que o Município estabeleça um convênio com a Polícia Militar para que a corporação faça a fiscalização e que a própria população faça as denúncias”, explicou. Sobre o feriado de Nossa Senhora Aparecida, mencionado por Zimmermann, ela lembrou que a santa pregava o amor ao próximo e que deveria ficar muito feliz com a aprovação do projeto.

 

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