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Esquema entre Passos e Dembinski teria iniciado em 2017, diz MPSC

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Investigação mostra que corrupção começou no primeiro ano de mandato

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Na 7ª fase da Operação Et Pater Filium, deflagrada na manhã desta terça-feira, 29, um dos alvos foi o empresário Joziel Dembinski, que tinha 24 contratos assinados com o Município de Canoinhas. De acordo com o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), Joziel “emprestou o nome” para que veículos fossem adquiridos com verbas públicas e então os lucros das licitações que vencia eram divididos com o prefeito Beto Passos. O esquema teria iniciado em 2017, primeiro ano da primeira gestão Passos, e teria rendido, pelo menos R$ 410 mil a Passos, baseado na quebra de sigilo bancário que revela que Joziel, nos dias subsequentes ao recebimento de certa quantia paga pela municipalidade, “realizava obstinadamente o saque de tais valores da conta-corrente”.

O esquema desenvolvido pela “organização criminosa”, como define o MPSC, é simples: Joziel vencia uma licitação fraudada para prestar serviços de obras para a prefeitura de Canoinhas. Porém, a verba pública a ele repassada pelo contrato era em parte utilizada para adquirir veículos particulares. Joziel já realizava o esquema em Bela Vista do Toldo e foi indicado a Passos por Alberti em uma reunião na casa do ex-secretário de Obras, Nilson Cochask.

Além de Nilson, são acusados de participar do esquema a servidora responsável por fiscalizar o cumprimento dos contratos, Amanda Suchara, e Márcio Paulo dos Passos, irmão de Beto. Dois veículos foram adquiridos e apreendidos na operação, sendo dois caminhões modelo Ford Cargo. Beto e Nilson foram pessoalmente a Curitiba adquirir os veículos, segundo o Ministério Público (MPSC).

Nilson foi retirado do esquema pelos colegas, mas recebeu uma “indenização” de Joziel. Porém, não tardou para que fosse convidado a participar de outro esquema, este sobre o transporte coletivo envolvendo Beto Passos, o vice Renato Pike, e os empresários Renato Dams, Carlos Eduardo Dams, Wilson Dams e seu filho de mesmo nome, como já noticiado pelo JMais. A primeira licitação suspeita data de 2017.

Segundo o MPSC, Passos, Pike e o secretário de Administração Diogo Seidel, recebiam 10% dos pagamentos feitos ao Coletivo à título dos serviços prestados no transporte escolar.

A partir de 2019, Joziel foi ainda mais beneficiado, por ideia de Nilson, segundo o MPSC. Ele teria passado a ser remunerado por transitar com caminhões vazios pelo município, além de contar com frota terceirizada, o que era proibido pelos editais.

Ainda de acordo com o MPSC, Amanda Suchara foi responsável por atestar a capacidade técnica de veículos que sequer existiam, de modo a garantir que a empresa de Joziel estivesse apta à licitação.

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