Ele aponta ilegalidade e chama de palhaçada tentativa de investigar o governo
Prefeito Beto Passos (PSD) chamou de “circo” a chamada CPI dos Livros instalada pela oposição na Câmara de Vereadores de Canoinhas. Em entrevista ao programa Repórter 98, da Rádio 98FM, do colunista do JMais, Biluka, Passos, acompanhado do vice-prefeito Renato Pike (PL), tentou desqualificar a tentativa de investigar o governo.
Passos disse que a CPI foi montada na ilegalidade lembrando da ausência dos três representantes governistas no dia da instalação da CPI. Wilmar Sudoski (PSD), contudo, esteve na sessão e saiu depois de anunciar que discordava do que chamou de “açodamento” por parte dos governistas. Maurício Zimmerman (PL) estava afastado porque sua esposa testou positivo para a covid-19, contudo, ele participou da sessão ordinária, minutos antes, por vídeo. Já Silmara Gontarek (PSL) estava licenciada, mas foi substituída pelo suplente, Marcos Homer (Podemos). “Eles foram convocados três horas antes por WhatsApp”, afirmou. “Espero que depois de todo o circo, depois de toda a palhaçada que estão fazendo, lembrem que se nós tivéssemos cometido alguma irregularidade, não estaríamos assinando mais convênios com o Estado”, disse.
Passos repetiu o argumento do secretário de Educação à época da compra dos livros, Osmar Oleskovicz (PSD), de que houve falha na comunicação entre a Educação de Canoinhas e a Agência de Desenvolvimento Regional (ADR) na prestação de contas e garantiu que todos os livros comprados foram entregues. Ele não citou, contudo, nada sobre o superfaturamento apontado no relatório da Controladoria Geral do Estado (CGE) no qual a CPI se baseia.
Ele ainda disse que “quando a CPI for instalada de forma lícita e responsável aí vamos caminhar juntos”. Disse ainda que cabe a Gil Baiano (PL), como presidente da Câmara, “botar ordem na casa”. Baiano está licenciado para tratamento de saúde.
