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Disputa pela Assembleia tem cenário inédito para Canoinhas em décadas

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Falta de um candidato que se sobressaia pode gerar dois cenários bastante difusos

CAMPO ABERTO

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COLUNA DE DOMINGO Não há porque usar de eufemismos a uma altura dessas. Renato Pike (PL) era o nome mais proeminente para representar Canoinhas (e região) na disputa por uma vaga na Assembleia Legislativa neste ano. Todos os nomes que se apresentaram para concorrer com ele não tinham os 23.407 votos conquistados por ele em 2018. Sua prisão, portanto, muda tudo. Com a ausência de Antonio Aguiar, favorito natural nas cinco disputas anteriores a 2018 e de Leoberto Weinert, que levou respeitáveis 20 mil votos na eleição passada, a disputa está aberta.

Cria-se, agora, dois cenários possíveis bem distintos e com efeitos imprevisíveis.

O primeiro, e mais salutar, permite aos demais nomes e os que venham a surgir, iniciarem um debate franco e em condições iguais sobre qual nome seria o mais forte para entrar na disputa.

Já o segundo, e mais desastroso, prevê uma profusão de candidatos que, justamente, veem no vácuo deixado por Pike, uma grande oportunidade. Conhecendo a nossa região, infelizmente aposto nesse segundo cenário.

Somente o eleitorado de Canoinhas elege tranquilamente um deputado estadual. Claro que tudo depende da sigla, do quociente eleitoral e afins, mas, para se ter uma ideia, em 2018, o deputado que entrou com menos votos foi Ivan Naatz (PV) com 14.685 sufrágios. Só Canoinhas tem 38 mil eleitores. Parece fácil a cidade eleger um candidato, e é, mas para isso acontecer teria de ter consenso em torno de um só nome. Veja o que aconteceu em 2018, quando Pike e Leoberto Weinert saíram. Os dois dividiram 44.086 votos, mais que o suficiente para eleger um deles. Se prévia houvesse em Canoinhas para definir um candidato entre os dois, certamente teríamos um deputado.

É extremamente grave imaginar que Canoinhas enquanto comunidade não consiga sentar para dialogar e definir um nome de consenso para entrar na disputa. Entidades de classe como Associação Empresarial e Câmara dos Dirigentes Lojistas poderiam entrar como intermediadores do processo, já que são as classes mais afetadas pela falta de representatividade política. Um nome que se comprometa, bem às claras, com as demandas locais e que tenha o aval declarado de instituições de respeito da cidade seria o ideal. Parece utópico, mas é perfeitamente executável, desde que haja iniciativa por parte dessas entidades e respeito por parte dos pré-candidatos. Acima de tudo, noção de que se todos saírem nenhum se elege.

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