Transporte de turistas e de escolares e escolas particulares são colocados como setores mais prejudicados
Parlamentares cobraram do Executivo auxílio financeiro para os setores econômicos atingidos pela pandemia do coronavírus durante a sessão de quarta-feira, 17, da Assembleia Legislativa.
“Precisamos lançar mão de um programa emergencial de combate aos efeitos da pandemia, mas para quem de fato vamos oferecer crédito? É preciso vencer a burocracia, temos de perguntar se de fato estamos privilegiando os negativados, os micros e pequenos, as empresas que não têm condições de manter seus compromissos fiscais”, propôs Paulina (PDT).
Segundo a deputada, os setores mais atingidos foram: transporte de turistas e de escolares, escolas particulares, principalmente escolas de educação infantil, setor de eventos, bares e restaurantes.
Kennedy Nunes (PSD) também pediu atenção ao setor de transporte de turistas e de escolares e criticou o secretário da Fazenda, Paulo Ely, por dizer que em Santa Catarina não há desemprego e que as empresas catarinenses estão contratando venezuelanos, haitianos, gaúchos, paranaenses, paulistas, paraenses e amazonenses.
Indignado, o representante de Joinville convidou Paulo Ely para “vir para a realidade” e informou que as empresas de transporte turístico e de escolares demitiram mais de 11 mil trabalhadores desde março de 2020.
“Em 2020 eram 796 transportadoras de turismo, 1.444 transportadores escolares e cerca de 18 mil empregos de forma direta; hoje são 683 turísticas e cerca de 1.000 transportadores escolares e 11 mil demitidos”, relatou Kennedy.
José Milton Scheffer (PP) ponderou que o estado possui cerca de 6% de desempregados, contra 12% da média nacional, mas que em janeiro criou 32 mil novos postos com carteira assinada.
“A economia cresce, cria oportunidades e muitas pessoas estão vindo trabalhar no nosso estado, mas temos de reduzir essa taxa de 6%”, afirmou o líder do governo.
Scheffer anunciou a criação de programa de financiamento para o microempreendedor informal; ampliação do crédito para microempreendedores individuais; financiamento de agricultores familiares, pescadores e pequenos empreendimentos rurais; isenção na tarifa de água e esgoto para famílias de baixa renda; e fundo de aval para quem não tem garantia.
De acordo com Scheffer, o estado já ofertou R$ 1,4 bi em linhas de créditos e subsídios para diversos setores e a expectativa é de que até a retomada econômica, prevista para o Brasil somente em 2023, chegue a R$ 2,3 bi o montante utilizado em programas de incentivo.
Ada de Luca (MDB) também pediu proteção às empresas e aos trabalhadores, destacou as negociações que culminaram com a criação do salário mínimo regional e concordou que a força do empreendedorismo é fundamental para o desenvolvimento do estado.
“Teremos grandes problemas pela frente, mas com a força do povo vamos colocar Santa Catarina de pé, porque hoje está triste, com olhar sombrio, não está mais sorrindo, mas vamos colocar ela de pé”, discursou Ada.