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Covid-19: Registro em carteira mostra doses de vacina de laboratórios diferentes em Canoinhas

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Município diz que houve engano no registro, mas que doses são do mesmo laboratório

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Duas mulheres relataram ao JMais terem tomado a segunda dose da vacina contra a covid-19 nesta terça-feira, 17, de laboratório diferente da primeira dose. Elas enviaram foto das carteirinhas de vacinação que comprovam a troca. “Nos informaram que foi um erro apenas de marcação na carteirinha, mas gostaríamos que provassem que tomamos a vacina certa”, disse uma das mulheres.



Outra carteira mostra doses diferentes/Divulgação

CONTRAPONTO

A Secretaria de Saúde de Canoinhas informou por meio de nota que as duas pessoas receberam reforço da vacina da AstraZeneca/Fiocruz, apesar de nas respectivas carteirinhas estar marcado que a segunda dose foi da Coronavac, fabricada pelo Laboratório Butantan. A nota informa que a secretária de Saúde, Kátia Oliskowski, e equipe, fizeram conferência de todas as doses aplicadas nesta terça-feira, 17, e garantem que ambas receberam o mesmo imunizante aplicado na primeira dose, ou seja, da Fiocruz/AstraZeneca. “A marcação da carteirinha foi feita equivocadamente”, afirma.

A nota segue explicando que nesta terça mesmo a Secretaria de Saúde estabeleceu contato com as pessoas informando-as sobre a questão.

“Mesmo que as pessoas tivessem recebido doses de vacinas diferentes não haveria risco para a saúde, segundo o Ministério da Saúde. Ainda assim os pacientes serão acompanhados pelo setor de epidemiologia da Secretaria Municipal de Saúde”, complementa a nota.



INTERCAMBIALIDADE

De fato não se tem provas de que a troca de doses traga algum problema a quem toma vacinas de laboratórios diferentes, contudo, não é possível afirmar que isso não ocorra.

O infectologista e professor da Universidade de São Paulo (USP), Esper Kallas, sugere em entrevista ao Jornal Nacional, justamente desta terça, 17, que é preciso ter cautela na mistura de doses de vacinas diferentes, porque os estudos ainda são preliminares e essa combinação deve ser feita, apenas, com orientação das autoridades. “Entre não vacinar e vacinar com uma mistura, eu prefiro vacinar com uma mistura. Claro que baseado em dados que já mostrem que isso é seguro e induza uma quantidade de anticorpos protetores que seja satisfatório. O pior cenário é deixar a população desprotegida”, afirma Kallas.

Há casos, inclusive, onde a combinação de vacinas diferentes no Brasil é autorizada. Em Santa Catarina nota técnica recém-lançada pela Divisão Epidemiológica (Dive) da Secretaria de Estado da Saúde diz que “as mulheres que receberam a primeira dose da vacina AstraZeneca/Fiocruz e que estejam gestantes ou no puerpério (até 45 dias pós-parto) no momento de receber a segunda dose, deverá ser ofertado o imunizante Pfizer/Wyeth ou Sinovac/Butantan.” Mas isso se explica por causa de um óbito de gestante que tomou as duas doses da AstraZeneca, questão ainda em análise.

A Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro divulgou nota técnica também nesta terça-feira, 17, autorizando os 92 municípios do Estado a fazerem uma combinação de vacinas. Caso falte a segunda dose da AstraZeneca, ela pode ser substituída pela Pfizer.

O Ministério da Saúde já havia autorizado a intercambialidade de vacinas em situações de exceção, quando não for possível administrar a segunda dose do mesmo fabricante. E cita estudos feitos em outros países onde o uso da Pfizer complementando a AstraZeneca indica uma resposta imune considerada robusta.

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