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abril

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2024

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Cochask extorquia a própria suposta organização criminosa, diz MPSC

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Ele ainda não teria honrado o compromisso de pagar por um dos caminhões comprados com Passos

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Entre os supostos integrantes da organização criminosa montada para fraudar processos licitatórios da prefeitura de Canoinhas tendo a empresa Joziel Dembinski Eireli como laranja do então prefeito Beto Passos (PSD), houve atritos que tiveram o ex-secretário de Obras, Nilson Cochask, como pivô.

Segundo apurou o Ministério Público (MPSC) na denúncia, Cochask tinha dificuldades em cumprir o acordado com os parceiros. Foi o caso de um dos caminhões que teriam sido adquiridos em Curitiba pela suposta organização. Um deles seria pago por Passos e o outro por Cochask. O ex-secretário, contudo, não cumpriu o acordo e sobrou para Passos arcar com o valor de R$ 362 mil referente aos dois caminhões que foram colocados no nome de Dembinski. Com os veículos, Dembinski venceu vários processos licitatórios da prefeitura de Canoinhas de aluguel dos caminhões para transporte de material para a Secretaria de Obras, sob comando de Cochask.

Nas palavras do colaborador premiado Adelmo Alberti (PSL), prefeito de Bela Vista do Toldo, a ideia era otimizar os ganhos com o esquema que já existia, mas com caminhões que de fato pertenciam a ele, já que, segundo Alberti, esquema parecido já existia entre ele e Dembinski.

Um dos boletos de Nilson pagos por Joziel/Reprodução

A investigação mostra vários boletos em nome de Cochask pagos através da conta bancária de Dembinski. Foram mais de R$ 100 mil em contas de Cochak pagas por Dembinski, apurou o MPSC.

“Segundo apurado, em determinado momento, houve um desentendimento entre os integrantes da organização criminosa objeto desta denúncia, supostamente pelo fato de o denunciado Gilberto não ter apoiado adequadamente, desde a fase de planejamento, a candidatura de Nilson ao cargo de vereador no município de Canoinhas nas Eleições de 2020. Além disso, Nilson não teria adimplido a parte dele para a compra dos caminhões, sendo motivo para exclusão dele do grupo criminoso. Em razão desses conflitos, Nilson foi afastado das atividades ilícitas mantidas pelo grupo, embora mantivesse influência na Secretaria de Obras e a denunciada Amanda (Suchara, solta nesta semana) tenha continuado a atuar em seu nome, conforme referido nos pontos anteriores desta inicial”, anota o MPSC.

DENUNCIANTE

Segundo a denúncia, Cochask chantageava Dembinski, afirmando que se seus boletos não fossem pagos, denunciaria o esquema à Justiça. Por várias vezes, Cochask pediu que terceiros fizessem denúncias contra os acusados, mas sempre omitindo sua participação no esquema. Em setembro do ano passado, Cochask procurou a reportagem do JMais com um apanhado de documentos que depunham contra Dembinski. Quando o repórter pediu mais provas, ele não voltou a procurá-lo. Perguntado porque ele não oferecia a denúncia direto ao MPSC, Cochask disse que teria recebido ajuda financeira de Dembinski na campanha, o que seria ilegal por ser contribuição de empresa. Dessa forma, Dembinski poderia prejudicá-lo.

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