Sábado, 27 de março de 2021
O Globo
Manchete: Doria e Bolsonaro disputam primeira vacina brasileira
Butantan e governo federal anunciam testes de imunizantes
No dia em que o país bateu novo recorde de mortes pela Covid-19, o governador de São Paulo e o governo federal se lançaram numa disputa com escorregões pelo protagonismo da primeira vacina nacional. Doria anunciou que o Butantan pediu autorização para testes do imunizante “100% brasileiro”, o que fez a gestão Bolsonaro correr para dizer que uma vacina com incentivo federal já tem resultados positivos. Depois, o Butantan admitiu que um hospital dos EUA foi o responsável pela “concepção da tecnologia” da Butanvac. PÁGINA 9
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Folha de S. Paulo
Manchete: Hospital dos EUA diz ter sido criador da vacina do Butantan
Segundo o instituto paulista, parceria com americanos foi para vetor viral e insumos serão brasileiros
A ButanVac, anunciada pelo Butantan como primeiro potencial imunizante contra a Covid-19 100% nacional, foi desenvolvida na Escola de Medicina Icahn, do Instituto Mount Sinai, em Nova York, informa Ana Bottallo.
O diretor do Butantan, Dimas Covas, disse à Folha que o órgão brasileiro responde pelo desenvolvimento total do fármaco, a partir de parcerias e com um consórcio internacional, e que o Mount Sinai forneceu o vetor viral.
Além de deter a patente tecnológica do vetor, o Mount Sinai, segundo afirmou Peter Palese, pesquisador do hospital, foi responsável pelos ensaios em animais em laboratório, que antecedem os testes em humanos.
Em nota, o Butantan contestou a oficialidade das declarações, dadas por Palese via email corporativo. Disse ainda que teve licença para usar tecnologia americana, mas que os insumos e o produto final serão nacionais.
“No Brasil, o desenvolver da vacina é o Butantan. A vacina, portanto, é brasileira e dos brasileiros”. SAÚDE B1
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Butantan e USP avançam na criação de vacinas nacionais
Instituto, que prevê imunizante próprio em julho, e pesquisador de Ribeirão Preto projetam teste em humanos
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e o ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, anunciaram ontem que a Anvisa recebeu pedido de início de testes em humanos de duas vacinas contra a covid-19 desenvolvidas no País. Um imunizante será produzido pelo Instituto Butantan e outro pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da USP. O lote piloto da Butanvac que será usado nos ensaios clínicos está pronto. O instituto disse que pode começar a produzir a vacina em larga escala em maio e iniciar a aplicação na população em julho, mas isso vai depender da aprovação do imunizante em três fases de testes. O objetivo é fabricar 40 milhões de doses até o fim do ano. Apesar de a tecnologia da Butanvac, que usa um vetor viral, ter sido desenvolvida nos EUA, o Butantan disse que a vacina é “100% nacional”. No caso do imunizante da USP, os testes clínicos devem demorar entre 9 e 12 meses, o que indica que o produto só deverá estar disponível em 2022.
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