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Após três anos registrando mesmo índice, Comarca de Canoinhas tem aumento de assassinatos em 2021

Imagem:Arquivo

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Homicídios cresceram 11% na região

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Em 2021, os canoinhenses e tresbarrenses conviveram não só com as perdas pela covid-19, mas com o aumento de 11% das mortes violentas, interrompendo uma sequência de três anos com o mesmo número de homicídios. Foram registrados 10 assassinatos na Comarca de Canoinhas, sendo três feminicídios.

No ano anterior, a comarca de Canoinhas, que engloba ainda Três Barras, Major Vieira e Bela Vista do Toldo, havia repetido o mesmo número de 2019 e 2018, quando nove pessoas foram assassinadas na comarca. 

Canoinhas, no entanto, manteve o mesmo número de assassinatos em relação a 2020, quando quatro pessoas foram assassinadas. Contudo, Três Barras, que em 2020 registrou cinco assassinatos, teve um dos anos mais violentos com a morte de seis pessoas, a maioria delas no distrito do São Cristóvão.

Major Vieira e Bela Vista do Toldo seguem sem registros de homicídios.


Homicídios em Três Barras

Marcio Lopes/Reprodução/Facebook

O primeiro homicídio em 2021 em Três Barras foi registrado na madrugada do dia 2 de maio. Por volta das 2 horas, policiais militares foram chamados na rua José Eupidio Vicente, no bairro João Paulo 2º, onde o solicitante relatou que escutou barulho de cachorros latindo e saiu para fora quando viu seu vizinho caído no chão, em frente à sua casa, desmaiado e com vários ferimentos.

Os bombeiros foram acionados e conduziram a vítima, identificada como Marcio Lopes, até Hospital de Três Barras, em estado grave. Ele apresentava ferimento contuso no olho esquerdo e estava inconsciente.

Não foram localizadas testemunhas do crime. A Polícia Civil foi comunicada e abriu inquérito para apurar o caso.

Marcio não resistiu aos ferimentos e faleceu no dia seguinte.





MORTO A MARTELADAS

Incomodado com orações, Sandro Uller, de 44 anos, matou seu vizinho Pedro Micheski, de 63 anos, no dia 27 de maio. Eles moravam na rua Canoinhas, no distrito do São Cristóvão, em Três Barras. Sandro havia saído da cadeia em janeiro deste ano, sem dinheiro ou lugar para morar e foi acolhido por Pedro como inquilino.

Pedro Micheski tinha 63 anos e acolheu o assassino em sua casa

Em depoimento ao delegado da comarca Darci Nadal Junior, Sandro afirmou que teria matado a vítima para poder voltar à prisão.

Sandro invadiu a casa do vizinho com o qual morava de parede e meia e o assassinou com golpes de martelo. Em seguida ele colocou fogo no colchão onde estava o corpo de Pedro. As chamas se alastraram e destruíram a casa de madeira. Depois ele ainda telefonou para o 190 e confessou o crime, se entregando logo em seguida.

Sandro segue preso na Unidade Prisional Avançada (UPA) de Canoinhas. 




TIROS NA CABEÇA

O segundo assassinato registrado este ano em Três Barras aconteceu no dia 5 de julho. Wellinton dos Santos, 21 anos, foi assassinado com disparos de arma de fogo dentro de uma oficina na rua Afonso Krüger, no distrito do São Cristóvão, em Três Barras.

Santos foi até a oficina para retirar um veículo ali deixado para conserto. Segundo testemunhas, um homem entrou armado no estabelecimento e imediatamente, efetuou vários disparos contra a vítima que acabou morrendo no local.

O Corpo de Bombeiros foi acionado por volta das 16h30, prestando o primeiro atendimento à vítima. De acordo com os socorristas, o rapaz já estava morto e apresentava dois ferimentos hemorrágicos na região frontal da cabeça, decorrentes de disparo de arma de fogo.





DUPLO FEMINICÍDIO

Um dos crimes mais chocantes do ano também aconteceu no distrito do São Cristóvão. Inconformado com a separação, Carlos Alberto Becker Ribeiro, 32 anos, matou sua ex-companheira Thais Correa Lemes da Silva, na tarde do dia 25 de agosto. O crime ocorreu na rua Manoel Correa.

Carlos Alberto matou a ex-companheira e a ex-sogra e também acabou morrendo

Ribeiro esfaqueou Thais que morreu na hora. Ele também acertou a mãe de Thais, Sônia Correa Lemes da Silva, que tentou defender a filha do assassino.

Na sequência o irmão da vítima teria entrado em luta corporal com o agressor e o matou. Mesmo ferido, o irmão de Thais conseguiu tomar a faca de Ribeiro e desferiu alguns golpes para se defender e se desvencilhar do agressor, que morreu na hora.

Depois de passar por uma cirurgia e ficar nove dias internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Santa Cruz de Canoinhas (HSCC), a mãe de Thais também não resistiu aos ferimentos e faleceu.

Sônia faleceu nove dias após a filha/Reprodução/Facebook

Homicídios em Canoinhas

Em 25 de fevereiro deste ano na Estrada do Pinheirão, localidade do Salto d’Água Verde, em Canoinhas, Josiane Aparecida Taborda Prestes, de 25 anos, foi assassinada com seis golpes de faca distribuídos pelo corpo, pelo seu companheiro Luciano Soares Ricardo, de 27 anos. Ricardo morava com a vítima com quem tinha um filho de, então, oito meses de idade.

No dia 3 de outubro, o Tribunal do Júri da comarca de Canoinhas condenou Ricardo a pena de 15 anos, 6 meses e 20 dias de reclusão, em regime fechado.

A segunda morte registrada em Canoinhas neste ano aconteceu no final de março. Ademir de Lima, 28 anos, estava desaparecido há oito dias e familiares, preocupados, fizeram buscas pela cidade na tentativa de encontrá-lo. Ele teria saído de sua casa localizada no distrito do Campo d’Água Verde, em Canoinhas, na sexta-feira, 26 de março, para buscar um pagamento para um familiar.

O corpo de Lima foi encontrado enterrado em uma cova rasa nos fundos da Raia, às margens do rio Canoinhas, no distrito do Campo d’Água Verde, na tarde de sexta-feira, 2 de abril. Ele foi assassinado com dois tiros na cabeça. Dois suspeitos foram presos.

À QUEIMA-ROUPA

O terceiro crime aconteceu no centro da cidade, no dia 15 de abril, a poucos metros da sede da Polícia Militar. Cláudio Roque Andrezevski Herbst, 27 anos, foi alvejado com pelo menos dez tiros por volta das 19h30 daquele dia, dentro de sua casa. Devido a gravidade dos ferimentos, ele faleceu no dia seguinte.

Claudio Herbest tinha 27 anos

Na ocasião, três pessoas foram presas no Paraná: o possível mandante do crime, o executor e um comparsa. A Polícia Civil afirmou se tratar de um crime passional.


VÍTIMA DE LATROCÍNIO

O quarto crime aconteceu em 14 de agosto. Norberto José Tavares, de 65 anos, foi agredido com uma pancada forte na cabeça dentro de sua casa no bairro Piedade, em Canoinhas. A Polícia acredita tratar-se de um caso de latrocínio (matar para roubar) já que desapareceram da casa R$ 2 mil da primeira aposentadoria de Tavares e dois celulares.

Norberto com o filho/Divulgação

Tavares foi encontrado inconsciente pelo filho, que o socorreu e o levou para o Pronto Atendimento de Canoinhas, de onde foi transferido para o Hospital São Vicente de Paula, em Mafra, onde ficou internado por quinze dias. De lá ele voltou para Canoinhas onde passou mais 20 dias. Na sexta-feira, 17 de setembro, ele recebeu alta médica e foi para casa. Apesar de ter recebido alta médica, Norberto estava acamado e, segundo laudo médico, não tinha condições de se recuperar.

Na manhã do dia 19 de setembro, ele sofreu uma parada cardiorrespiratória. O filho, Norberto José Tavares Junior, conta que levou o pai até o Hospital, mas ele morreu antes de dar entrada.

Relembre outros assassinatos ocorridos na região:

https://www.jmais.com.br/homem-e-morto-a-tiros-e-suspeito-do-crime-e-atingido-pela-pm-em-itaiopolis/

https://www.jmais.com.br/homem-e-morto-a-pauladas-em-itaiopolis/

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