Rememoro hoje aqui algo mais que naquela linda noite ouvimos
Abriram-se as asas de minha imaginação na sagrada noite em que a Academia de Letras do Brasil – Canoinhas comemorou solenemente o seu décimo aniversário de fundação.
Foram realmente momentos sacros. No ar os eflúvios de poemas e canções que nos embalaram nesta década.
Desde então aqueles sons embalam os meus momentos todos. Ouço as melodias executadas magistralmente pela Banda “Novos Talentos” regida pelo Maestro Sargento Paulo Cesar Padilha. Ouço as vozes dos afinadíssimos cantores componentes do Coral “Santa Cecília” sob a direção da Maestrina Acadêmica Maria de Lourdes Brehmer.
Rememoro hoje aqui algo mais que naquela linda noite ouvimos.
Ovacionada em pé, pelos presentes, a poetisa catarinense Ten Cel PM RR Edenice Fraga, Presidente da Academia de Letras dos Militares de Santa Catarina (Almesc), escritora especialmente convidada, declamou, de sua lavra:
“Cruz e Sousa, o Poeta Sublime”
(Homenagem ao maior poeta simbolista brasileiro)
Acorda, poeta, sei que longe dormes,
e neste céu de nuvens tão disformes,
a minha vista daqui não te alcança.
Acorda altivo, ao som das trombetas,
pois eu te digo com todas as letras:
Poeta não morre… apenas descansa.
Acorda, poeta, me diz teus sonetos,
que com seus tercetos e quartetos,
mostraram a tua alma magistral.
Foste filho de escravo alforriado,
que por seres negro, foste injustiçado
e zombado pelo preconceito racial
Acorda, poeta, foi dura a tua luta…
viveste em uma sociedade bruta…
que não aceitava um negro com saber.
És o herói que com as letras se armava,
para lutar contra o mal que encarnava
aqueles que açoitavam um igual ser.
Vejo do alto descer luzente vulto.
És Cruz e Souza, pois sei que escuto
as belas rimas do teu poema etéreo:
“Nestes silêncios solitários graves,
Que chaveiro do céu possui as chaves
Para abrir as portas do mistério?…”
Surgiste como uma estrela cadente
e voltaste logo e tão rapidamente
à pátria sublime que por ti urge.
Hoje sei que no céu ainda escreves,
pois li nas nuvens, em teus versos breves:
“das cinzas do poeta… uma estrela surge”.
Da escritora e poetisa Dioni Fernandes Virtuoso, presidente da Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil – Coordenação de Santa Catarina (AJEB/SC) destaco algumas palavras:
“Boa noite às autoridades que compõe a mesa, principalmente à Presidente e querida amiga Dra. Adair Dittrich.
É com muita alegria que a AJEB/SC- Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil/ Coordenadoria de SC participa deste belíssimo evento em comemoração aos 10 anos da Academia de Letras de Canoinhas.
A AJEB é uma Associação só de mulheres e a AJEB Nacional já possui 54 anos. Somos 20 estados com coordenadorias da AJEB. Estou Presidente da AJEB/SC desde 2021 e a de SC está completando 6 anos.
Quando assumi, não chegávamos a 50 Ajebianas. Hoje ultrapassamos a 120 associadas.
Temos vários projetos com a participação das Jornalistas e Escritoras, tudo registrado em Coletâneas.
Além da Presidência da AJEB de SC, sou 2ª Vice-Presidente da AJEB Nacional.
Trago à brilhante Academia de Letras do Brasil – Canoinhas o abraço de parabéns de todas as mulheres escritoras de nosso Brasil com votos de que muitas dezenas de anos ainda possamos juntas comemorar.
Um abraço a todos! ”
O Acadêmico Roberto Domit de Oliveira, trouxe os parabéns da ALVI — Academia de Letras Vale do Iguaçu — presenteando a ALB com três obras literárias de grande valor histórico sobre a região.
Embriagado pelas emoções o poeta acadêmico Dione Grein da Cruz apresentou, de sua lavra, um extasiante poema em homenagem aos 10 anos da ALB- Canoinhas:
“IMORTAIS
Da mais profunda e celestial transcendência,
Vindas de raízes literárias milenares,
Energias Sábias preencheram almas e olhares,
Moveram mãos culturais já muito calejadas
A firmarem nestas terras contestadas
As Letras difusoras de imortal essência.
Como alquimistas em dourados desejos,
Manipulando palavras, versos e melodias,
Imortalizaram sonhos nas mais belas sinfonias.
Alinharam-se ao Sol das Artes
E atraíram constelações de todas as partes
A eternizarem chamas, fogos e lampejos.
Eu, vindo de mundos interdimensionais,
Fui acolhido por estes Seres Imortais!
Hoje, poeta, deixo aqui a minha gratidão
Àqueles que entendem a real dimensão
Do que nossas palavras e gestos propagam,
Pois são marcas que da alma jamais se apagam! ”
