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Agência Espacial confirma lixo espacial em São Mateus do Sul

Imagem:Portal RDX

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Fragmento pode ser parte do foguete Falcon 9 da SpaceX, do bilionário Elon Musk

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Por meio de nota enviada ao Portal RDX, a Agência Espacial Brasileira (AEB) confirmou que uma peça metálica encontrada em São Mateus do Sul é lixo espacial. O objeto foi localizado em março deste ano na propriedade de João Ricardo Portes, na localidade de Água Suja, onde segundo pesquisadores, pode ser parte do foguete Falcon 9 da SpaceX, do bilionário Elon Musk.

A confirmação foi feita na terça-feira, 31, em um relatório elaborado por técnicos após a análise do item.

Após a identificação, a agência informa as autoridades brasileiras responsáveis pela comunicação às autoridades do país do responsável pelo lixo espacial. O procedimento ocorre para que o objeto tenha a destinação correta de resgate e armazenamento.

Até o momento, a AEB não informou a qual empresa pertencia o objeto e nem o país de origem da companhia.

Confira a nota divulgada pela AEB

Nota à Imprensa

Em 16 de março de 2022, a Agência Espacial Brasileira (AEB) tomou conhecimento da queda de objeto em São Mateus do Sul (PR), possivelmente relacionado a um lançamento espacial de outro país. De pronto, a AEB decidiu enviar uma equipe ao município para analisar as circunstâncias do incidente.

Em 17 de março, a equipe chegou à referida cidade, fez contato com a defesa civil, com autoridades locais e com o proprietário das terras onde o objeto foi localizado.
Com o apoio das autoridades locais, a equipe foi até o ponto de encontro do objeto, isolou a área, ofereceu orientações ao proprietário, coletou dados sobre o objeto e sobre as circunstâncias em que foi encontrado.

Foi iniciada a elaboração de um relatório sobre sua caracterização como derivado de um artefato espacial, bem como indicação de providências aplicáveis, de acordo com a legislação vigente sobre o tema.

O Tratado sobre Exploração e Uso do Espaço Cósmico prevê que o Brasil deva identificar, com a máxima prontidão, o dono do artefato. A AEB, então, comunica ao MRE/Embaixada do Estado-Lançador para que dê destinação adequada ao objeto. Dessa forma, ocorre o acionamento das autoridades brasileiras responsáveis pela comunicação oficial, às autoridades do país do responsável pelo objeto, para os devidos encaminhamentos de armazenamento e resgate.

O relatório elaborado concluiu sobre a possível procedência do objeto e informou à embaixada do país de origem no Brasil, que entrou em contato com a empresa responsável pelo artefato. Feitos os contatos iniciais, estamos no aguardo da resposta da embaixada do país de origem para tomar as providências necessárias.

A AEB tem procurado aprimorar os procedimentos relativos a monitoramento, queda, localização e destinação de objetos espaciais, seguindo a atenção global quanto ao incremento da ocupação do espaço e da consequente preocupação quanto a detritos espaciais.

Como é possível saber o Estado-Lançador? A ONU tem o registro de todos os objetos espaciais. No caso do Brasil, o registro de objetos espaciais é gerido pela AEB.

O decreto n. 71.989, de 26 de março de 1973, promulgou o Acordo sobre Salvamento de Astronautas e Restituição de Astronautas e de Objetos Lançados ao Espaço Cósmico. De acordo com o artigo 5 do referido decreto, em caso de identificação de um determinado artefato espacial que tenha retornado à Terra em território brasileiro, esse deve ser restituído ao país que realizou o lançamento.

Sempre que for observado algo que possa ser caracterizado como um artefato espacial, a Agência Espacial Brasileira deve ser acionada por meio do e-mail [email protected], para que sejam adotados os procedimentos necessários, de acordo com o caso.

Brasília, 30 de maio de 2022.

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