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ACD de Canoinhas lança logomarca em homenagem a fundador

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José Clever Pereira Gomes, o Zé, faleceu em 2016, aos 42 anos

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Não há quem não mencione o trabalho da Associação Catarinense de Deficientes (ACD) de Canoinhas sem lembrar do querido Zé. José Clever Pereira Gomes, ou simplesmente Zé, faleceu em agosto de 2016, aos 42 anos, em decorrência de um acidente vascular cerebral.

 

José Clever Pereira Gomes tinha 42 anos/Rodrigo Melo/Arquivo

 

Um dos fundadores da ACD, Zé se tornou conhecido estadualmente por lutar pelos direitos dos deficientes físicos. Zé lutava há mais de 15 anos contra uma doença degenerativa, era deficiente visual e cadeirante.

 

 

 

“Essa figura importante, que deu vida ao sonho de tantas pessoas com deficiência de nossa cidade e região. Que tanto fez por muitos. Esse ser iluminado que sempre foi voz, vez e luz para tantos que queriam ter seu lugar na sociedade, respeito e oportunidades. Nossa homenagem vem em forma de um novo símbolo, de uma nova identidade visual, que se inspira na arte de nosso amigo, e funde o artista com sua obra. Para estampar as próximas logos e as próximas conquistas. Zé agora é nossa bandeira, nosso semblante, nossa nova representação, nossa nova logomarca”, descreve a Associação.

 

 

 

Em sua homenagem, a ACD Canoinhas lançou uma nova logomarca nesta terça-feira, 9, demonstrando o carinho a um dos principais fundadores da associação, com uma nova identidade visual. A arte foi criada por Vanderson José dos Passos, funcionário da ACD.

 

 

As cores, laranja, azul e verde, homenageiam a logomarca anterior, que representa as três deficiências atendidas na ACD: visual, física e auditiva. A imagem de José Clever ao meio traz também as três deficiências: a cadeira de rodas, representa a física, os óculos escuros a visual, e o sinal positivo com a mão faz menção a libras, linguagem usada pelos deficientes auditivos. Zé que convivia com duas dessa deficiências está voltado para a direita, voltado para o futuro, representando a futura caminhada da associação que segue com o seu trabalho.

 

 

Grisele Morantt, viúva de Zé, lembrou em entrevista ao JMais em dezembro de 2016, após ele ser escolhido canoinhense do ano, que Zé não devia ser reconhecido apenas como uma pessoa que lutou contra suas limitações físicas. “Ele dedicou sua vida em busca dos direitos das pessoas com deficiência de Canoinhas e região, fundou a Associação Catarinense de Deficientes e trabalhou nela até seu último dia de vida”, ressaltou.

 

 

 

Mesmo no Hospital, Zé não deixou de atender o celular para ouvir os problemas de pessoas que necessitavam de sua ajuda. Seu estado era crítico, mas aos que reclamavam de ele atender o telefone, ele dizia: “Pode ser alguém que precisa muito de ajuda.”

 

 

 

Zé era cego e ficou cadeirante devido a uma artrite reumatoide. “Ele tinha insuficiência renal crônica, mas isso jamais foi motivo para que ele ficasse triste, seu sorriso era sua marca registrada, sempre pronto para ajudar”, recordou Grisele.

 

 

 

Palestrante espírita, prestigiou várias cidades de Santa Catarina com suas palavras. “Sempre demonstrou alegria em viver nesta terra tão amada por ele, nunca reclamou de suas limitações pois o que movia meu amado marido não eram suas pernas, nem sua cadeira de rodas, mas a imensa vontade de fazer a diferença com amor e dedicação, auxiliando cada um que batia à sua porta”, recordou Grisele à época.

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