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Nove pessoas foram assassinadas na comarca de Canoinhas no ano passado

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Número de homicídios de 2020 se iguala aos de 2019 e 2018, em Canoinhas, Três Barras, Bela Vista e Major Vieira

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O número de homicídios na comarca de Canoinhas, que engloba ainda Três Barras, Major Vieira e Bela Vista do Toldo, manteve o mesmo índice em 2020, repetindo o mesmo número de 2019 e 2018 – nove pessoas foram assassinadas na comarca ao longo do ano passado.

 

 

 

Canoinhas, no entanto, teve redução no número de assassinatos em relação a 2019, quando cinco pessoas foram assassinadas. No ano passado, quatro homicídios foram registrados no município. Contudo, Três Barras, que em 2019 havia registrado dois homicídios, teve um dos anos mais violentos, registrando em 2020, cinco assassinatos, um deles no bairro Bom Jesus e os demais no distrito do São Cristóvão. Major Vieira e Bela Vista do Toldo não registraram nenhum homicídio no ano passado.

 

 

 

 

 

 

 

 

RELEMBRE OS CASOS QUE MAIS CHOCARAM OS MORADORES DA REGIÃO EM 2020

 

Em 31 de maio deste ano, ocorreu um crime bárbaro no distrito do Campo d’Água Verde, em Canoinhas. Criminosos da facção rival assassinaram um suposto membro de outra facção, no entanto, um dos seis criminosos acabou atingindo o próprio companheiro nas costas. “Apuramos que houve um erro de execução do homicídio. Identificamos todos os autores e todos eles estão presos”, afirmou o delegado Marlon Bosse em entrevista ao jornalista Joselito Biluka do Programa Repórter 98, da rádio 98 FM no mês de outubro.

 

 

 

Em maio, outro crime foi registrado no bairro Bom Jesus, em Três Barras: um homicídio qualificado em que a vítima foi assassinada com vários golpes de faca. “Identificamos o autor e representamos ao Poder Judiciário pela sua prisão, pois tempos atrás ele já havia praticado um roubo contra uma senhora, por ser de alta periculosidade”, afirmou o delegado. Contudo, o pedido não foi acatado e foram adotadas medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica.

 

 

 

Também em maio, houve um homicídio no distrito do São Cristóvão. A vítima foi morta no início da noite por disparos de arma de fogo. “Só tínhamos o corpo com várias perfurações e nada mais”, contou o delegado. O inquérito foi instaurado, identificada a vítima e concluído que o crime foi uma guerra entre facções. Todos os autores foram identificados e presos com drogas e armas.

 

 

 

Outro homicídio que dificultou bastante o trabalho de investigação da DIC de Canoinhas foi o do proprietário de um bar alvejado por tiros no bairro Água Verde no dia 29 de agosto. A esposa do proprietário também foi atingida e foi hospitalizada. “Foi uma investigação difícil, mais uma vez, só tínhamos o corpo da vítima, e sua esposa baleada no peito, na mão e na perna, por diversos disparos de arma de fogo”. Novamente, a investigação apurou que esse crime foi motivado por uma guerra entre facções criminosas. Os autores foram presos e identificados. No dia 16 de outubro, a Polícia Civil prendeu o último dos cinco acusados do crime.

 

 

Jairo Adriano Smikatz Filho, 15 anos, e Luiz Henrique Padilha dos Santos, 20 anos, foram executados e encontrados enterrados em covas rasas no limite entre os municípios de Canoinhas e Três Barras no dia 30 de julho. Os assassinatos dos dois jovens foram atribuídos a uma facção criminosa.  Segundo a Polícia Civil, esse foi um dos crimes mais complexos já investigados em Canoinhas em 2020. Nove pessoas foram presas em Canoinhas e Mafra e devem ir à júri popular. O décimo acusado já cumpre pena em um presídio de Jaraguá do Sul.

 

 

 

Ainda no São Cristóvão, houve mais um homicídio neste ano e no inquérito foi reconhecida a legítima defesa do autor. “Como o autor apenas se defendeu, não há crime”, esclareceu Bosse.

 

 

 

No dia 1.° de janeiro, na noite de Ano Novo, houve outro assassinato na ponte do São Cristóvão, na divisa com Canoinhas. “O autor foi identificado e mais uma vez foi apurado que agiu em legítima defesa”, explicou Bosse. No dia do crime, ele estava dormindo quando foi atacado por um suposto usuário de drogas. A suposta vítima estava sob efeito de substâncias, conforme laudo do Instituto Geral de Perícias, e o autor tomou a faca e se defendeu com a mesma faca, segundo a conclusão da Polícia.

 

 

 

O crime mais recente foi registrado na noite de quinta-feira, 31 de dezembro, véspera de Ano Novo. Daniel Isac Dias, de 17 anos, morreu após ser atingido por um disparo de uma arma artesanal em Canoinhas. O caso aconteceu por volta das 22h50 na rua Rafael Boing, no bairro Cristo Rei. Ele foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros, mas acabou falecendo ao dar entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Canoinhas. Um amigo do jovem afirmou que o tiro foi acidental e deve responder por homicídio culposo, quando não há intenção de matar.

 

 

 

FACÇÕES

Em fevereiro do ano passado, mais de 100 policiais civis participaram da Operação Expurgo, realizada no distrito do São Cristóvão, em Três Barras, e no distrito do Campo d’Água Verde, em Canoinhas, que culminou na prisão de 10 criminosos. Os presos envolvidos com o PGC foram flagrados durante as investigações planejando o assassinato de dois policiais, um civil e o outro militar, que atuam na comarca de Canoinhas. O ato vinha sendo planejado de modo covarde.

 

 

Em outra investigação, que durou três meses, a Polícia Civil concluiu que uma série de homicídios praticados na comarca decorreram da guerra declarada entre a facção criminosa denominada Primeiro Grupo Catarinense (PGC) e a organização criminosa paulista Primeiro Comando da Capital (PCC).

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