quarta-feira, 17

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abril

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2024

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Diário da crise

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Para conviver é necessário ser subserviente ao individualismo do próximo?

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I

 

Mas uma manhã difícil! Escrevo para me manter de pé! Tentar se levantar, e, sentir que ainda se vive! Estar dormindo, quando se consegue dormir, é uma benção. A benesse do sono e da fantasia pode ser um presente dos deuses. Mas, muitas vezes a vida pode ser a realização de seus pesadelos. Este pesadelo se dá por estar em constante vigília, permanentemente, observando e olhando como a decadência toma conta de todos os cantos empoeirados. As conversas, os temas de nossas conversas virtuais e presenciais, giram em torno da espetacularização da vida privada e da grande mídia e doutores discutem programas como o BBB, com a mesma avidez que deveria discutir a Fenomenologia do Espírito de Hegel. Acorda-se, abre-se o olho e em um piscar, um movimentar das pálpebras, é possível sentir a monotonia e a escassez. A escassez de contato humano, devido aos dedos acusatórios, a polarização de opiniões, que lhe assediam constantemente, por não estar inserido no efeito manada que a sociedade escolheu trilhar. A solidão sempre foi o refúgio dos espíritos independentes, mas carrega consigo as consequências de estar só: angústia e ansiedade são sentimentos que corroem a alma e que implora por algo novo debaixo do sol. Mesmo que saibamos que tudo é vaidade e tempo que passa, me parece que Salomão olha para o mundo onde o tempo histórico fazia sentido, mesmo que este fosse cíclico. Hoje, História e Tradição, não fazem mais sentido, tudo se presentifica, e, tudo ocorre ao mesmo tempo, se dá instantaneamente. Para alguns, é sinal de progresso. Para mim, é sinal desatenção, da falta do demorar-se diante de uma conversa. O dia fica cinza, quase negro, quando você não vê perspectivas que consiga nos oferecer a saída deste pesadelo. Se os modernos dispositivos técnicos encurtou as distâncias, por outro lado, nos manteve higienicamente distantes. É neste momento que nestas difíceis manhãs eu me pergunto se a vida ainda vale ser vivida…. Ter água, comida e um lugar seguro para dormir, não me faz um humano, mas apenas foram satisfeitas as condições necessárias para a sobrevivência animal. O suicídio moral e físico vem dessa incapacidade de estar com o Outro. É necessário ter a coragem e perguntar: para conviver é necessário ser subserviente ao individualismo do próximo? Não seria melhor se refugiar na morte para que tenhamos a paz do eterno?

 

 

 

 

II

 

Meu desafio diário é acordar! Todos os dias acordo e me pergunto: qual o sentido de ainda estar aqui? Todos os dias tento me despedir. Penso todas as manhãs como seria o dia que eu pudesse dormir e não mais acordar, como um sono eterno! No encontro de Sileno com o Rei Midas, o espirito dionisíaco diz: “Desgraçado efêmero, gerado por acaso e esforço, por que me forças a te dizer aquilo que tua maior benção seria não ouvir? O que seria melhor para ti está bem além de teu alcance: não ter nascido, não ser, ser nada. Mas a segunda melhor coisa é morrer cedo! ” Eu não morri cedo, e, tento não me sentir culpado pela minha existência. Afinal seria perverso, um instrumento de tortura que eu me submeteria, mas, o assédio das pessoas e do mundo em querer fazer-me curvar aos seus valores, e, principalmente aos seus argumentos, e, fazê-lo sentir culpado pelas dores que eu supostamente teria criado no Outro, faz surgir o desejo em mim de buscar refúgio no único lugar possível para que se tenha paz: a morte! Estou escrevendo não é para sensibilizar, ou ainda, para que sintam pena de mim. Compaixão é para os fracos. E não desejo a ninguém minha doença. Cresci dentro de uma família, com a mãe sendo subserviente, e, um pai que serviu de 1964 a 1990, em plena ditadura. Sempre escutei histórias horrorosas, principalmente em família. Me entubaram a vida aquartelada, que até certo ponto, acredito em sua função, mas que no Brasil é o lugar para os sem opções: negros, pobres, ou aqueles que não tiveram uma formação educacional e precisam sobreviver financiados pelo Estado. Sai, sem honras, e, desconjurando a vida da caserna, pois percebi que era um lugar de censura, a liberdade não era possível, e, você tinha que superar o sofrimento como um movimento sempre progressivo em direção a algo que até hoje me pergunto: o que seria esse objeto abstrato? Consegui me reconstruir e entrar na vida acadêmica. E durante 4 anos em SC, fui relativamente feliz. Mas, voltar ao passado não é possível, e, depois de entrar para a Universidade pública, não consegui manter um relacionamento mínimo de abertura com os colegas, contribuições intelectuais em projetos comuns e o isolamento começou a crescer. Todos eles ou estavam individualmente preocupados com seus projetos individuais, ou estavam envolvidos com sua família, filhos, escola para pagar etc. Não que isto seja errado, mas é no mínimo estranho pesquisadores não terem uma vida profissional, e, esta ser apenas fonte de renda. Nunca enfrentei a profissão desta forma, ela ocupava e ocupa, a parte central na minha vida. Os momentos de convívio social, fora da profissão, mais uma vez não existe, todos estão vivendo dentro de suas ocas. Não havendo espaço para grandes catarses. Eu sempre precisei da catarse, uma válvula de escape. A profissão, lecionar, estar em um momento de fala, desenvolver um argumento, é um momento catártico. Depois de 2017 adoeci. Não convém explicar porquê. Mas somente vou dizer que a Universidade tem algo a ver com isso, ou que a intolerância dos colegas na Universidade sejam o real motivo. Mas deixarei que esse julgamento seja realizado por vossas consciências. Mas, foi neste período que a tristeza tomou conta de mim. Não conseguia, e, não consigo, ver graça em festas, encontros, ou até mesmo conversar, tudo se tornou cinza, às vezes, negro. As tarefas intelectuais foram sepultadas com o crescimento do totalitarismo de opiniões, sejam de esquerda ou direita, e, pelo politicamente correto que persegue e nos faz sentir em um universo conspiratório em constante perseguição. Passei a ter medo de sair de casa e conversar com as pessoas, seja na internet, ou ainda, na rua. Quando me sinto acusado, reajo de forma agressiva e discuto. Essa caraterística já era presente na minha vida, mas se tornou um fator maior nos últimos tempos. É a única forma que posso ter para me defender daquilo que considero uma invasão. Devo me sentir culpado por isso? Alguns dizem ser uma agravante que leva as pessoas a se afastarem. Mas devo me sentir culpado? Estas pessoas nunca estiveram realmente aqui, elas nunca se preocuparam. Todos querem manter a vida a qualquer custo. E por isso, se preocupam em algum momento, em um instante crucial, mas, logo elas voltam aos seus afazeres, e, o individualismo e a solidão novamente toma conta do cenário. Até porque não posso ocupar o tempo das pessoas, com minha dependência emocional, carência e sentimento de abandono. Com o isolamento social, devido a pandemia, foi uma pá de cal que me colocou em situação de constante desespero. Por isso, me pergunto: qual é o custo de se manter vivo? Ninguém pergunta isto….Eu me pergunto todos os dias pela manhã. O dia começa a se desenrolar e por alguns breves momentos tento esquecer essa pergunta fundamental. A vida ainda vale a pena ser vivida? Eu escrevo para tentar me manter ainda de pé. Mas aos poucos estou me calando para algumas pessoas, até que me calarei para o mundo. Tornei-me um fraco, e, um ser humano entediado. Minha condição hoje é pior que o desânimo, de um isolamento quase absoluto! Depois de vários dias comendo mal, tendo náuseas, resolvi fazer algo que me dá prazer: comer uma carne. Agora é preparar o espírito para a eternidade. Seria bom que eu dormisse e não acordasse mais. Afinal, sempre tive medo da dor. Tento encontrar uma saída de sair dessa vida que oscila entre o tédio e o sofrimento.  Vou pedir apenas aos deuses que aliviem minha dor e não me acordem mais, consciente de que isso não vai acontecer. Transformamos nossa vida em uma vídeo chamada com palavras vazias de preocupação pelo Outro, ou em discussões supérfluas. Quem ainda tem esperança?. Para mim a vida é dor, sofrimento continuo e não tenho mais forças para superar. Eu tentei me manter de pé, mas não consegui, e, descobri a insignificância da minha vida.

 

 

 

 

 

 

 

 

III

 

Nasce mais um dia triste e difícil! A maior maldição que um ser humano possa ser acometido é ser um bicho que sempre está acordado, e, tentar dormir,  e ser malsucedido por não conseguir apaziguar a angústia e a dor de ser traído e caluniado diante da perfídia humana. Acaba-se por seguir uma vida sempre desconfiado, com uma dor no peito, e, um pânico que em dias melhores a expressão é uma alegria triste, um amarelado antigo. Cada dia reafirmo minha pergunta: a vida ainda vale a ser vivida? “Estamos próximos da época que os vivos invejarão os mortos”?  A alma continua angustiada, triste! Embora não haja confronto direto e diário com o inimigo, ele está sempre à espreita, atrás da linha vermelha. Observando, desejando que você dê um passo em falso, para ter a oportunidade de caluniar, difamar, injuriar. A vida pós-moderna se tornou uma calúnia, uma bolha global de desconfiança constante, com relacionamentos superficiais e uma vida medíocre. Intelectuais discutem sobre o último episódio do BBB! E, eu, quero ter a oportunidade de escutar com alguém uma música, em vinil, e, ler ou ver um bom clássico! Mas, o clássico está fora de moda, a não ser se for para decoração, vintage. Minhas manhãs são difíceis, cheias de angústia e cólera, diante de uma realidade em que todos estão desfalecendo, quando não falecem stricto sensu. Acordo praguejando, com ódio ao fato de ter acordado. O sono e a fantasia são alienações necessárias, que salvam o espirito humano do sofrimento contínuo de estar acordado ininterruptamente, observando a decadência do homem. O verdadeiro pesadelo é o sol que se aponta no horizonte que nos obriga a nos tornarmos otimistas, a realizar projetos fracassados. O sol é este grande tirano que rege as vidas humanas. Todo projeto é projetado para o seu fim, especialmente quando se torna real.  Viver é estar caminhando para o abismo! Não temo a morte e o fim, temo a dor, pois quando a morte está a dor não existe mais, já dizia o filósofo. Mas, ainda escrevo, devido a covardia diante da morte. O escritor é um covarde, pois não acredita ser possível responder à pergunta fundamental da existência e transformar a resposta em práxis! A vida vale a pena ser vivida? Muitos acreditam que a solução do problema da depressão é simplesmente dizer: caminhe, assista um filme, faça amor. A melhor de todas é: procure um terapeuta. Tudo isso, são formas de terceirizar a sua responsabilidade com o Outro. Oras, tudo isso somente é possível quando existe um contato presencial humano. Quando o Outro é capaz de abdicar parte ou sua vida por completo, ou ainda, por amor ao Outro, para estar com o Outro (pode ser uma esposa, por exemplo.) Mas quem de nós sejam eles, amigos, ou ainda, familiares, estão dispostos a lembrarem desta tarefa diária, procurando-o presencialmente, para tirá-lo deste estado? Poderia ser seu companheiro, esposo ou esposa, para tirá-lo desse tupor, sentimento de tédio e angústia, gerando esse sofrimento incomensurável? Quem de nós está disposto a abrir mão de seu escasso tempo e de seus projetos em nome do Outro? Se antes da pandemia isso já era difícil, hoje se tornou quase impossível. O que mata não é o vírus, mas o egoísmo e a indiferença. E aqueles que reclamam e pedem socorro para não se afundarem nos domingos cinzentos, são vistos como mendigos de afetos ou pessoas carentes, sem dignidade. Por isso, eu digo, não reclamem de seus governantes eles são apenas o reflexo de sua existência, verbalizando, sem filtro, mas falando alto e bom tom, tudo aquilo que sua covardia o impedia de dizer:  – Enfia sua carência no rabo, ou ainda, deixe e de reclamar ou contrate uma garota de programa para aplacar sua carência. Enquanto isso vivemos na era do tecnomedievalismo! Jamais fomos modernos, nunca nos preocupamos realmente com o Outro. Uma utopia do século XVIII que prometia a felicidade e nos frustrou profundamente, nunca existiu. Ainda estamos vivendo o espirro da baixa idade média com seus arroubos sanitários. Por isso, muitos escolhem a vida trágica saem de suas casas e preferem viver o instante, sem projetos, sem reflexão das consequências. Por sinal, é a resistência ao celular que criou a falsa sensação de estar com o Outro, e, se tornou a ideologia nazista mais eficiente de nos manter longe, colocando-nos em um gueto, sem precisar do contato com o mesmo. Evita-se o beijo na boca, o tocar na pele do Outro. Ou melhor, estar no virtual é viver anestesiado, SENDO IDEOLOGICAMENTE HIGIÊNICO.

 

 

 

 

IV

 

Nos anos 80, eu sabia quando o domingo terminava! Em geral era quando acabava os trapalhões e entrava a vinheta do fantástico. O domingo era um dia que eu não queria que acabasse, e, logo estaria torcendo para chegar o próximo.  Quando foi que tudo isso mudou? Hoje se tornou o pior dos meus dias. Largado no sofá, sem conseguir ver nenhuma graça em qualquer programa de humor ou diante de um noticiário que somente nós lembra das famílias sem comida, dinheiro com  morte à espreita. Pensei: porque não acabar com tudo? Meu gato olha para mim, empurra a cabeça peluda na minha perna, me morde levemente e mia. A outra gata se deita ao meu lado como se estivesse tomando conta do território que nos pertence. E como se estivessem dizendo: estamos juntos, você cuida da gente e nós cuidamos de você. Chega a segunda-feira, que são geralmente dias ruins para muitas pessoas. Mas, houve uma época, em que o primeiro dia da semana sempre foi um alívio. O trabalho era um momento de satisfação e prazer, fuga do tédio dominical. Às segundas-feiras, seriam a oportunidade de trabalhar, colocar um novo projeto em ação. Porém, ontem, domingo, no final do dia, tem sido os piores momentos da minha vida. E a segunda-feira que costumava ser um momento novo na realização de algo, também se transformou em um dia igual ao anterior, sem sentido, sem lógica, irracional, pois não existe mais trabalho a ser feito. Tenho que me reinventar a cada instante para manter a sanidade mental. Passo os dias lendo, escrevendo, lendo e escrevendo. Haja cérebro para aguentar tanta informação. Sem as academias, que estão fechadas, não tenho mais o direito ao banho de sol e puxar um ferro, na qual todo presidiário teria direito em condições normais. Estou em prisão domiciliar, sem ter sido julgado ou condenado. Além disso, as pessoas enlouqueceram, querem arrumar emprego, quando todos estão desempregados. Desejam estudar presencialmente quando não se tem condições sanitárias para isso. E eu me sinto um idiota por estar 1 ano e meio trancado em casa esperando que esta peste do século XXI passe, enquanto a maioria se aglomera em suas famílias em churrascos ou em festas clandestinas. A minha escolha, me joga na solidão, e, com a solidão, passo a caminhar no fio da navalha, pensando em deixar esse mundo, já que para mim não há outra realidade que não seja esta que se apresenta, que sou capaz de sentir. Os únicos responsáveis por isso, são os egoístas e ultraindividualistas, que estão imersos em seus problemas diários incapazes de realizar uma parada no tempo histórico e se solidarizar com o Outro. Deixar de discutir política ou as novidades do BBB poderia ser um bom começo, e ter uma conversa, despretensiosa, atenciosa, realizando tarefas conjuntas, escutando uma música juntos, tentando dar atenção ao Outro, mesmo que todas estas tarefas possam ser virtuais. Estas atitudes não podem ser compreendidas como caridade, mas uma necessidade de tempos sombrios. Os responsáveis pelas mortes desta peste que se apresenta, não são somente os líderes que estão no poder, mas os 58 milhões de eleitores que votaram para que eles nos representassem. E não será somente a peste que nos matará, mas a solidão e a virtualização da vida nos deixará a beira do suicídio ou da robotização. Egoístas são aqueles que insistem em não compreender a gravidade do momento atual e a difícil ou paradoxal equação Ciência versus Economia, ou ainda, Individualismo versus coletividade. Uma vez que a Ciência trabalha com o seu autoritarismo peculiar, e, a Economia da mesma forma age autoritariamente, nos transformando em peças descartáveis em sua linha fordista de defuntos em massa. Temo em dizer, mas tenho argumentos para acreditar que contra a robotização da vida, o isolamento social, que já existia antes da pandemia, e, se intensificou com esta peste, diante do nosso desejo de preservação da nossa dignidade, apenas nos restará o suicídio. Será o destino de muitos ao longo dos próximos dias, anos e décadas. Hoje, 18 de março 2021, chegamos a marca de aproximadamente 3000 mortos por covid-19. Neste momento, é que precisamos de calor humano, de uma conversa longa, de linhas de fuga e não se deixar embriagar pelo noticiário funesto das mídias tradicionais, que possuem seu papel em informar, mas se alimentam da audiência e da espetacularização que a morte pode promover. São profetas do caos. Ninguém está preocupado com os danos depressivos e as ideações suicidas que estes noticiários podem causar na população em geral. O mesmo acontece com as redes sociais. Dêem atenção ao que realmente importa, repito, procurem linhas de fuga, encontros virtuais para escutar músicas juntos, assuntos leves, diga não a polarização política, a programas burros como o BBB que apenas reproduzem relacionamentos abusivos e tóxicos, caso contrário muitos cometerão suicídios e vocês serão responsáveis por isso. Isso mesmo: VOCÊ SÃO OS RESPONSÁVEIS! Não adianta culpar o PT ou o Bolsonaro de genocídio. Vocês são os responsáveis por eles serem nossos representantes. Logo, vocês colocaram um genocida no poder ou desejam que um corrupto comande a nação, e, a culpa recai e recairá da mesma forma sobre o ombro de vocês. Vocês são os responsáveis pelas mortes de pessoas que foram jogadas na solidão, caluniadas, injuriadas, na miséria, na fome e deixadas de lado, com a morte à espreita a cada minuto que passa, isto por que muitos não desejaram participar deste jogo sombrio. Eu repito, muitos filósofos morreram e se mataram para preservar sua dignidade, e, eu não ando nada bem.

 

 

 

 

Este é o fim[1]

Belo amigo

Este é o fim

Meu único amigo, o fim

De nossos planos elaborados, o fim

De tudo que está de pé, o fim

Sem segurança ou surpresa, o fim

Nunca vou olhar em seus olhos… outra vez

Consegue imaginar como será

Tão sem limites e livre

Desesperadamente precisando da mão de algum estranho

Em uma terra de desespero?

Perdidos numa imensidão romana de dor

E todas as crianças estão loucas

Todas as crianças estão loucas

Esperando pela chuva de verão

Há perigo nos limites da cidade

Siga pela estrada do rei, baby

Cenas misteriosas dentro da mina de ouro

Siga pela estrada do oeste, baby

Monte a cobra, monte a cobra

Até o lago, o antigo lago, baby

A cobra é comprida, sete milhas

Monte a cobra ela é velha e sua pele é fria

O oeste não é mal

O oeste não é mal

Venha para cá e faremos o resto

O ônibus azul está nos chamando

O ônibus azul está nos chamando

Motorista, para onde você está nos levando?

O assassino acordou antes do amanhecer

Calçou suas botas

Pegou um rosto na antiga galeria

E seguiu pelo corredor

Ele foi até o quarto onde sua irmã morava

E então ele

Visitou seu irmão

E então ele, ele seguiu pelo corredor

E ele foi até uma porta, e olhou para dentro

Pai, sim filho, eu quero te matar

Mãe, eu quero… te foder

Venha, baby, vamos nos arriscar

Venha, baby, vamos nos arriscar

Venha, baby, vamos nos arriscar

E me encontre atrás do ônibus azul

Fazendo um rock triste em um ônibus azul

Fazendo um rock triste, venha!

Mate, mate, mate, mate, mate, mate

É o fim, belo amigo

É o fim, meu único amigo, o fim

Dói te libertar

Mas você nunca irá me acompanhar

O fim do riso e das leves mentiras

O fim das noites em que tentamos morrer

Este é o fim

 

*Dr. Wellington Lima Amorim é professor

 

[1] https://www.youtube.com/watch?v=eLaTIBp3sxc
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