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 O péssimo desenvolvimento não é consequência da ausência de recursos físicos e técnicos

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Dr. Wellington Lima Amorim*

 

 

Discute-se cada vez mais se é necessário criar regras eficazes de controle dos fluxos financeiros e mais se deve ter mais protecionismo. O péssimo desenvolvimento não é consequência da ausência de recursos físicos e técnicos, mas da ausência de livre-mercado com a devida regulamentação e vontade política. No entanto, o capitalismo não sabe como tratar a questão social e ecológica.

 

 

 

Hoje, se está diante de uma nova crise civilizacional. No Brasil, os movimentos ambientalistas deveriam dar mais atenção às questões da equidade social e dos direitos do homem, principalmente por terem algo em comum em alguns campos, mas não é o que está ocorrendo. É importante dizer que o bom resultado dos esforços dos ambientalistas depende, parcialmente, da realização de alguns direitos humanos. Ou seja, o sucesso da proteção ambiental exige mais trabalho, um maior contingente de agendas e custos maiores. Todavia, o avanço na direção de uma sociedade sustentável, tanto em âmbito mundial como nacional, se demonstra uma utopia.

 

 

 

Nesse sentido, cabe destacar que grande parte dos grupos ambientalistas prioriza as causas locais, entre elas, algumas lutas por causas regionais ou nacionais, seja eles, o movimento contra a construção do aeroporto de São Paulo em Caucaia do Alto; o movimento para salvar as “Sete Quedas”; o movimento contrário à produção de energia nuclear; o movimento que chamava a atenção nacional e internacional para a grande poluição em Cubatão; a campanha nacional contra o uso abundante de inseticidas, herbicidas e fungicidas na agricultura; e ainda, a campanha nacional para eleger, em 1986, representantes verdes para a Assembleia Constituinte.

 

 

 

No entanto, argumenta-se que um dos maiores problemas, está na própria condição do homem dentro de uma sociedade que vive do consumo.

 

 

 

Mas, estamos apenas apontando o que está acontecendo no mundo e tem-se a preocupação com o destino da sociedade contemporânea.

 

 

 

Quando se pensa nas possíveis soluções sobre a questão ambiental se volta sempre a questionar sobre a posição do governo e da inclusão da sociedade civil no debate. Mas as pessoas que decidem são bem poucas, e aqueles que estão no poder geralmente provêm de várias empresas.

 

 

 

Entretanto, existem caminhos por meio dos quais se poderiam agir politicamente melhor: por meio de negociações no sistema da ONU, de comunidades religiosas, da organização da sociedade civil que, nesse momento, apresenta-se como estritamente necessária, com seus profissionais altamente qualificados e politicamente capazes. Mas não podemos ser ingênuos. O atual governo com sua ojeriza pelos dados, pesquisas científicas e organizações internacionais, mal conseguiremos minimizar os danos, pois todo desenvolvimento que vir será insustentável e todo empreendimento irá voltar-se contra si, como diria Emil Cioran, e somente um Deus ou um Demônio poderá nos salvar.

 

 

 

*Dr. Wellington Lima Amorim é professor

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